São os trabalhadores essenciais do turismo - limpam quartos, servem à mesa ou preparam refeições em cozinhas - e estão a ser tão procurados pelos hotéis como se valessem ouro. Mas depois não são pagos a esse peso.
O sector perdeu mais de 40 mil trabalhadores com a pandemia e, num momento em que o turismo está rapidamente a recuperar, são precisas com urgência mais 15 mil pessoas na contratação para o verão, segundo as associações hoteleiras. Para suprir a escassez, o Governo desdobra-se a fazer acordos para trazer imigrantes dos PALOP, do Brasil ou da India.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística, trabalhados pela Confederação do Turismo de Portugal, revelam um cenário ainda mais impressivo: se no final de 2019 havia 330 mil pessoas empregadas na hotelaria e restauração, no início de 2021 esse número estava reduzido a menos de 164 mil. O peso na população empregada era então de cerca de metade do que se registava um ano antes. E essas dificuldades perduram.
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