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Freguesias sem caixas multibanco desistem de negociar com bancos e procuram acordo com empresa estrangeira

Freguesias sem caixas multibanco desistem de negociar com bancos e procuram acordo com empresa estrangeira
D.R.
Há "centenas" de freguesias sem acesso a ATM ( automated teller machine, vulgo multibanco), prejudicando a vida das populações e economia local no interior do país, onde a instalação do serviço não é rentável e muitos cidadãos não utilizam meios de pagamento digitais. Está em risco a “supressão de um serviço essencial”, avisa Banco de Portugal. Associação Nacional de Freguesias pede ajuda do Governo para suportar custos de manutenção – e entretanto vai negociar com a ATM Euronet
Freguesias sem caixas multibanco desistem de negociar com bancos e procuram acordo com empresa estrangeira

Tiago Soares

Jornalista

Há várias freguesias do país – sobretudo no interior – sem uma única caixa multibanco e a falta de dinheiro físico está a prejudicar as economias locais e a vida das populações, tendencialmente envelhecida e menos capaz de utilizar os novos meios de pagamento digitais. Os autarcas dizem que é "difícil" chegar a acordo com os bancos nacionais para a instalação destes equipamentos e, por isso, a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) iniciou contactos com a empresa norte-americana ATM Euronet para estabelecer um protocolo que garanta terminais em todas as freguesias que neste momento não os têm.

“É um problema que a Anafre ainda não conseguiu resolver”, diz Jorge Veloso. O também presidente da associação e da União das Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, em Coimbra, aponta que a junta que lidera tem um multibanco instalado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas o acordo com o banco público é antigo. Neste momento, “negociar com a banca é mais difícil”, lamenta.

A Anafre não sabe ao certo quantas freguesias não têm acesso ao serviço multibanco, mas Jorge Veloso avisa: “Estamos a falar de centenas de freguesias. Há 3091 no total, e uma boa percentagem não tem.”

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