Freguesias sem caixas multibanco desistem de negociar com bancos e procuram acordo com empresa estrangeira

Jornalista
Há várias freguesias do país – sobretudo no interior – sem uma única caixa multibanco e a falta de dinheiro físico está a prejudicar as economias locais e a vida das populações, tendencialmente envelhecida e menos capaz de utilizar os novos meios de pagamento digitais. Os autarcas dizem que é "difícil" chegar a acordo com os bancos nacionais para a instalação destes equipamentos e, por isso, a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) iniciou contactos com a empresa norte-americana ATM Euronet para estabelecer um protocolo que garanta terminais em todas as freguesias que neste momento não os têm.
“É um problema que a Anafre ainda não conseguiu resolver”, diz Jorge Veloso. O também presidente da associação e da União das Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, em Coimbra, aponta que a junta que lidera tem um multibanco instalado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas o acordo com o banco público é antigo. Neste momento, “negociar com a banca é mais difícil”, lamenta.
A Anafre não sabe ao certo quantas freguesias não têm acesso ao serviço multibanco, mas Jorge Veloso avisa: “Estamos a falar de centenas de freguesias. Há 3091 no total, e uma boa percentagem não tem.”
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