“Quem cá vier não encontra uma espécie de gulag. O Técnico é um local aberto, acolhedor e multicultural”

Jornalista
Com mais de 10 mil alunos inscritos, o Instituto Superior Técnico (IST) já não consegue continuar a aumentar vagas sem prejudicar a qualidade do ensino, diz Rogério Colaço, em entrevista ao Expresso. O presidente do IST reconhece que a escola sempre foi, é e será bastante exigente, mas garante que quando se encontram excessos tentam-se corrigir. “Quem cá vier não vai encontrar uma espécie de gulag. O Técnico é um local aberto, acolhedor, multicultural.” No primeiro ano da reforma curricular que veio flexibilizar o leque de opções dos alunos e a forma como aprendem, Rogério Colaço acredita que as mudanças estão a merecer a aprovação dos alunos. Muitos estão a aproveitar para ir tirar cadeiras de Empreendedorismo, Gestão, Direito e até Filosofia noutras faculdades da Universidade de Lisboa.
O Instituto Superior Técnico (IST) iniciou este ano letivo uma reforma curricular. Que balanço faz para já?
A anterior direção quis aproveitar a restruturação dos ciclos de estudos que o IST tinha de concretizar (por lei, todos os mestrados integrados em Engenharia, de 5 anos, tiveram de ser desagregados em licenciaturas e mestrados) para reformular de forma mais profunda a oferta, os planos curriculares e os modelos de ensino. Acima de tudo, quis-se garantir mais flexibilidade nos percursos formativos e expor os estudantes a outro tipo de experiências oferecidas por faculdades diferentes da Universidade de Lisboa. Este é um ano ainda difícil de avaliar porque tivemos de transitar 10 mil alunos para este novo modelo. Mas diria que a perceção dos estudantes é positiva.
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