Exclusivo

Sociedade

Só 27 concelhos portugueses não receberam ucranianos: este é o perfil dos que acolhemos no nosso país desde que a guerra começou

Kateryna e a mãe Nataliia, na confeitaria Tradifana, onde começaram a trabalhar a 28  de março a embalar bolos e bolachas
Kateryna e a mãe Nataliia, na confeitaria Tradifana, onde começaram a trabalhar a 28 de março a embalar bolos e bolachas

Há refugiados em 91% das 308 autarquias. Maioria vive com familiares. 40% são licenciados

Quase 90 dias após o início da invasão russa da Ucrânia continuam a chegar refugiados a Portugal. Esta semana ultrapassaram os 37 mil com pedido de proteção temporária. O número é semanalmente atua­lizado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mas revela pouco mais do que a dimensão crescente de uma comunidade imigrante que estava a diminuir nas estatísticas nacionais. Mas quem são os que chegam? Para onde vão viver? Com quem? Que histórias trazem? Que profissões interromperam? Que novas vidas estão a conseguir recomeçar?

Um olhar mais fino aos dados permite desde logo confirmar o efeito da lei marcial que só deixa sair da Ucrânia mulheres, crianças e homens com mais de 60 anos. Entre os ucranianos acolhidos em território nacional nem um quinto (6597) são homens adultos, entre os 18 e os 65 anos. A maioria dos que cá conseguiu chegar estava a trabalhar fora do país ou tem algum problema de saúde que os torna dependentes e elegíveis para atravessar a fronteira para longe do conflito. Os restantes são mulheres (perto de 16 mil), crianças entre os 0 e os 17 anos (12,3 mil) e idosos (2,1 mil). O que significa que cerca de 60% das ucranianas viajaram para Portugal sem o marido ou companheiro e grande parte com uma ou mais crianças.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RMoleiro@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate