Exclusivo

Sociedade

“A máscara tornou mais difícil às crianças reconhecer emoções positivas nos outros. Isso pode ter implicações na autoestima”

“A máscara tornou mais difícil às crianças reconhecer emoções positivas nos outros. Isso pode ter implicações na autoestima”

Agora que a máscara deixou de ser obrigatória em quase todos os espaços fechados, é preciso tempo para que as pessoas se adaptem nesta “fase de transição”, diz Osvaldo Santos, um dos coordenadores do estudo sobre a saúde mental dos portugueses durante a pandemia. “A tendência natural é que rapidamente as pessoas se desabituem de usar máscara”, defende o psicólogo clínico

Apesar de já não ser obrigatória, muitas pessoas continuam a usar máscara. Esperava-se isto?
Parece-me perfeitamente natural. Dois anos é tempo suficiente para construir hábitos, que são memórias, como andar de bicicleta ou conduzir um carro. São automatismos criados como respostas. A máscara tornou-se um acessório pessoal, passou a fazer parte das nossas vidas e a ser menos desconfortável do que era no início. É possível que haja pessoas que a continuem a usar durante um tempo. Além disso, deixar de ser obrigatória é diferente de ser obrigatório não a usar. A decisão passou a ser individual e baseada na perceção de risco de cada um. As fases de transição são sempre sentidas com estranheza e é normal e desejável que haja uma sensação de receio quando espreitamos novamente para fora da porta.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ralbuquerque@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate