Sociedade

Aluna da Faculdade de Letras do Porto faz queixa de professor por abuso sexual e violação

A estudante de 20 anos diz que o professor a coagiu a manter relações sexuais e a praticar atos contra a sua vontade no gabinete da faculdade e na casa dela ao longo de vários meses

Uma aluna da Faculdade de Letras da Universidade do Porto apresentou queixa na faculdade e na PSP de um professor por alegado abuso sexual e violação. O advogado do professor visado diz ser “uma cabala" montada para o atacar. De acordo com o “Jornal de Notícias”, já foi iniciado um procedimento disciplinar.

A estudante de 20 anos diz que o professor a coagiu a manter relações sexuais e a praticar atos contra a sua vontade no gabinete da faculdade e na casa dela ao longo de vários meses. “Fui ao gabinete dele e começou-me a tocar nas pernas e nos seios; a dizer que era muito bonita e beijou-me. Eu disse que aquilo não podia acontecer e saí”, conta a aluna. De acordo com a mesma, o abuso começou no primeiro semestre do ano letivo passado, quando ainda era sua aluna. O professor terá chamado a aluna para ir ao seu gabinete na semana seguinte. “Pensava que ele ia pedir desculpa e voltou a fazer o mesmo."

A aluna explica que "tinha medo de o denunciar”, embora tenha tentado deixar explícito “algumas coisas que não queria fazer”. Em fevereiro de 2022 descobriu que estava grávida. "Quando lhe disse que ia ter a criança, ficou furioso. Ameaçou-me, disse que tinha de fazer um aborto, empurrou-me e caí no chão. Noutra discussão, torceu-me o braço.” A aluna diz que teve um aborto espontâneo em março, altura em que o professor terá voltado a abusar dela.

“Isto é uma cabala montada por uma menina que não tem qualquer correspondência com a realidade”, diz o advogado de defesa, Augusto Ínsua Pereira, sobre as acusações da aluna estrangeira. O mesmo acrescenta que “parece que a aluna terá problemas de descompensação, do foro psicológico”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate