Sociedade

Já estão oficialmente inscritos 500 alunos ucranianos em escolas portuguesas

Refugiados Ucranianos que fugiram do seu país devido a guerra, e foram acolhidos pela Câmara Municipal da Azambuja
Refugiados Ucranianos que fugiram do seu país devido a guerra, e foram acolhidos pela Câmara Municipal da Azambuja
Ana Baiao

Número deverá continuar a crescer. Ministro da Educação garante capacidade dos estabelecimentos de ensino para acolher mais estudantes refugiados

Já estão oficialmente inscritos 500 alunos ucranianos em escolas portuguesas

Isabel Leiria

Jornalista

O número de crianças e jovens fugidos da guerra na Ucrânia e que chegam às escolas portuguesas continua a aumentar. Até esta segunda-feira e segundo o balanço feito pelo ministro da Educação, estavam já registadas oficialmente 500 crianças e jovens. Na semana passada eram 300 e o número deve crescer já que continuam a chegar mais famílias ucranianas ao país e a formalização da inscrição no sistema educativo também não é feita logo nos primeiros dias após a chegada, explicou Tiago Brandão Rodrigues.

“Portugal tem grande tradição na inclusão de alunos refugiados e migrantes. As escolas estão preparadas para receber estas crianças e jovens”, assegurou o ministro, indicando algumas das medidas já tomadas pelo Governo para que o processo seja o mais rápido e fácil possível. O processo de atribuição de equivalência de estudos e certificação foi simplificado e todos os alunos são automaticamente integrados no escalão A da Ação Social Escolar, sendo-lhes garantidos todos os benefícios previstos em termos de alimentação e material escolar, por exemplo.

Chegados às escolas, os alunos são primeiro acompanhados pelas equipas de psicologia, integrados nas turmas mais adequadas e encaminhados para os apoios de língua portuguesa não materna. A integração curricular é feita, depois, de forma progressiva. Até porque há estudantes que não falam inglês ou francês, as línguas que poderiam servir de comunicação mais imediata com os professores.

De acordo com um balanço feito pela Unicef, 1,5 milhões de crianças já abandonaram o país, sendo que a maioria fugiu com as suas famílias para os países que fazem fronteira com a Ucrânia.

O ministro da Educação falava na sessão que marcou o lançamento, a nível nacional, do Ano Europeu da Juventude, numa iniciativa que decorreu na Secundária Afonso Lopes Vieira, em Leiria.

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