Aumento de número de pessoas em monitorização não levou a um crescimento proporcional do número de técnicos profissionais de reinserção social: “Há um burnout de que sucessivamente se tem dado nota”
Mais de 2600 pessoas tinham em execução uma sanção de vigilância eletrónica a 15 de fevereiro de 2022, o que é muito mais do que o dobro da média em 2017 (1088). A diretora dos Serviços de Vigilância Electrónica, Teresa Maria Lopes confirma, em declarações ao jornal “Público”, que há um “aumento exponencial” do trabalho do seu departamento.
O último relatório da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) dá conta de uma subida de um total acumulado de 2229 penas e medidas em 2017 para 4701 em 2020. Apesar deste aumento, o coordenador da equipa de técnicos profissionais de reinserção social, Salomão Abreu, reconhece que “o número de recursos humanos não cresceu na mesma proporção”. “Há um burnout de que sucessivamente se tem dado nota. Tentamos fazer o melhor com aquilo que temos, obviamente”.
De acordo com o mesmo jornal, é a proteção da vítima de violência doméstica que dá mais trabalho aos técnicos. “Estão sempre a cair alarmes”, observa o coordenador da equipa. “Está a gerir um alarme de aproximação, está a ligar para a vítima ou para o agressor, e, entretanto, já caíram mais dois ou três”, descreve o responsável.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
