“O grande destaque tem a ver com a formação de professores, ou com a falta de formação neste caso”, explica um dos autores do estudo do Centro de Investigação em Educação (CIEd), do Instituto de Educação da UMinho, Marco Bento. “A parte mais fácil seria a da tecnologia, digamos assim, porque compra-se e ela aparece. Mas é preciso saber utilizá-la”, acrescenta. Marco Branco realça que os professores e os educadores “usam a tecnologia como sabem ou da forma como pensam ser a mais correta”. “Isso significa que há aqui uma falha grande do ponto de vista de uma utilização proficiente da tecnologia na educação.”
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, ressalva que o estudo foi feito há mais de um ano (entre dezembro de 2020 e abril de 2021) e que já houve alterações. “Numa primeira fase, em março de 2020 e passados alguns meses, as carências digitais dos professores foram superadas com o apoio dos colegas de informática, que proporcionaram formação interna aos seus pares e também pelo autodidatismo dos professores”, diz. “Neste momento, há formação certificada pelos centros de formação aos professores das escolas”.
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