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"O Douro Património Mundial ainda não trouxe retorno económico. A fuga da população é uma ameaça à classificação", diz Bianchi de Aguiar

"O Douro Património Mundial ainda não trouxe retorno económico. A fuga da população é uma ameaça à classificação", diz Bianchi de Aguiar
FERNANDO VELUDO

A celebrar 20 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro como paisagem cultural evolutiva e viva pela Unesco, o coordenador da candidatura, Fernando Bianchi de Aguiar, conta como foi essa aventura

"O Douro Património Mundial ainda não trouxe retorno económico. A fuga da população é uma ameaça à classificação", diz Bianchi de Aguiar

Isabel Paulo

Jornalista

O coordenador da task-force duriense recorda que se evitou, assim, centralizar em demasia a candidatura na cultura do vinho e na região demarcada e regulada mais antiga do mundo, por temor ao sentido de voto dos países árabes que fazem parte da Unesco.

No Museu do Douro, em Peso da Régua, Bianchi de Aguiar, engenheiro rural de costela local pelo lado materno, apela a uma mais justa repartição da riqueza da região para estancar a perda de população e pede aos portugueses que voltem a celebrar os acontecimentos festivos com Vinho do Porto, ao invés do que fez Rui Rio - "um homem do Porto" - quando venceu as diretas do PSD.

FERNANDO VELUDO

Lembra-se como surgiu a ideia de candidatar o Douro a Património Mundial da Unesco?

A primeira pessoa a tomar uma iniciativa formal foi Miguel Cadilhe, enquanto presidente da Fundação Rei Dom Afonso Henriques (instituição transfronteiriça de promoção do Vale do Douro). Uns anos antes, quando fui presidente do Instituto do Vinho do Porto (IVP), tinha lançado esse desafio à Associação Comercial do Porto (ACP) e à Casa do Douro e fizemos uma primeira diligência. Virgílio Folhadela, presidente da ACP, acarinhou imenso a ideia, simplesmente era preciso dinheiro para fazer a candidatura. O IVP poderia institucionalmente ter avançado, mas não era fácil, porque o sector estava a passar por um momento de crise. Em 1991, a Casa do Douro passou por um enorme descalabro financeiro e achei que a minha obrigação era pacificar o sector. Cheguei a ir a Paris na altura em que José Augusto Seabra era embaixador de Portugal na Unesco. Entusiasmou-se com a ideia, mas era preciso meios. E também desisti porque o Porto estava a preparar a sua candidatura a Património Mundial. Falei com Fernando Gomes, presidente da Câmara do Porto, a ver se fazia sentido uma candidatura única. O Douro denominação de origem, o rio e o Porto estão sempre associados, até ao entreposto comercial de Vila Nova de Gaia.

Não aconteceu porquê?
A ligação era lógica, mas estávamos muito atrasados e o Porto numa fase avançada. Fizemos uma pausa, até que Virgílio Folhadela, como membro da Fundação Rei Dom Afonso Henriques, retomou a questão e Miguel Cadilhe agarrou-a com unhas e dentes. Foi a pessoa que mais empenho teve na candidatura e veio convidar-me à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Constituí uma equipa com base na UTAD, na Universidade de Aveiro e do Porto.

Uma task-force?
Sem férias, em três anos fizemos uma candidatura bem-sucedida.

Que documentos e argumentos apresentaram?
Tivémos de demonstrar o caráter excecional e universal do bem. Fez-se um estudo comparativo com bens semelhantes a demonstrar a sua grande autenticidade. Neste caso, quisémos classificar como paisagem cultural. Era um conceito recente, de 1981, e a primeira candidatura até foi portuguesa, Sintra.

Foi logo bem aceite?
Primeiro foi inscrito numa lista indicativa, um documento a demonstrar à Comissão da Unesco que estávamos perante um bem que tinha condições para ser um candidato de sucesso. Em meia zia de meses conseguimos. Houve o empenho do Governo português porque a candidatura é totalmente privada, mas foi preciso algum trabalho pago de pessoas que hoje trabalham no Museu do Douro para se fazer o levantamento do património do Vale do Douro.

E quanto tempo demorou até a candidatura do Alto Douro Vinhateiro ser apreciada pela UNESCO?
Havia outros bens a aguardar, entre eles o Pico. Num ano, a nossa foi aceite com uma condição: que houvesse um plano de gestão, já que foi entregue exatamente no ano em que a Unesco passou a exigir plano de gestão. Nessa altura, Braga da Cruz era presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDR-N) e convidou-me para fazer um plano intermunicipal do Douro.

Qual foi a reação dos municípios locais?
Foi a parte mais difícil, mas ouve muita sensibilidade por parte de quem liderou o processo, Braga da Cruz e Miguel Cadilhe. Apresentaram-me como coordenador no Palácio de Mateus, cerimónia em que se convidaram todos os autarcas...

Os 13 municípios que integram a região classificada?
Na altura não se sabia quantos seriam. A candidatura era a Região Demarcada do Douro e o que sugerimos era a classificação da mancha da bacia visual do rio Douro até à zona do Vale de Meão. Nunca tivemos qualquer reação negativa das autarquias. A CCDRN continuou a trabalhar com os autarcas, que assinaram um compromisso relativamente à salvaguarda do património, em que esteve presente Elisa Ferreira, que então era ministra do Ambiente.

O envolvimento de proximidade foi decisivo?
Fizémos questão de ter muita interação local. O PIOT (Plano Integrado de Ordenamento do Território) foi a forma encontrada para vincular as autarquias no seu conjunto. Ideia de Braga da Cruz. Era fundamental ter o consenso dos autarcas, queatravés do PDM (Plano Diretor Municipal) podiam vincular os privados. Entretanto, fui secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e com o ministro do Ambiente fizémos um despacho em que antecipávamos os compromissos dos privados.

Como?
O Ministério da Agricultura estava a financiar as novas vinhas do Douro através do programa Vitis . Constituiu-se todas as variáveis para mantar a paisagem, obrigatórias nas candidaturas das novas vinhas. O Douro é dos privados, não é um museu em que a Administração Pública tem a gestão. O vínculo dos privados revelou-se sábio.

O que era preciso garantir? A salvaguarda dos socalcos?
Sim. Preservar a paisagem, mas sem a congelar. Por isso, a nossa candidatura foi a de paisagem cultural evolutiva e viva. Assim, garantia-se aos agricultores que podiam modernizar a sua viticultura, desde que houvesse excelência das novas formas de adaptação do terreno, nomeadamente em relação ao tipo de amarração do terreno, passando de terraços com muros sustentados de xisto para formas sem muros de pedra, definindo-se as bordaduras nas estradas e nos contornos das parcelas. Congelar o Douro num museu era o pior que podia acontecer, até porque teríamos uma reação negativa dos agricultores. Havia a preocupação de manter a paisagem, mas com patamares que permitissem a mecanização. Teve-se consciência que era necessário evoluir. Eu sou um homem da engenharia rural, venho da área da modernização da viticultura e da mecanização. Definimos declives-limites para cada um dos sistemas, desde a vinha ao alto em zonas de maior declive. Lembro que houve grande aceitação da região a esses constrangimentos.

Está a referir-se ao Douro em sentido mais lato do que aquele que veio a ser classificado?
Exatamente. Os autarcas sabiam que se houvesse sucesso na classificação numa faixa central de 25 mil hectares, um décimo da área total da região, quem estaria na designação futura era que o Douro Vinhateiro, independentemente da mancha classificada e sobre a qual a Unesco tem um olhar mais exigente do ponto de vista de salvaguarda. Nós chamamos a isso buffer zone, zona de proteção. Hoje existe um cleo da CCDR-N que faz a monitorização do Douro, modelando as exigências de dentro para for a da mancha. No fundo, património mundial passou a ser toda a região.

Quanto tempo demorou entre a entrega da candidatura e a classificação?
Três anos. Foi uma experiência de vida extraordinária de um grupo muito matricial. Escolhi os colegas em cada departamento, sem hierarquia. Eu era um parceiro como eles, a trabalhar na minha área da vinha, daí todos termos convergido rapidamente para um documento comum.

O que acha que pesou mais, o facto de a região produzir vinho dois mil anos ou ser a região demarcada e regulamentada mais antiga do mundo?
Vou contar-lhe uma coisa. Eu entretanto fui presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, com sede em Paris, e comecei a frequentar a sede da Unesco. Ia levando uma garrafa de vinho. Mas tínhamos grande receio que a candidatura fosse centrada no vinho, uma vez que muitos países árabes são membros do Comité de Património Mundial. Não sabíamos como seria a reação, se a candidatura fosse excessivamente centrada no vinho. Fizémos uma integração progressiva e tivémos também a sorte de o ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios), que integra a UNESCO, ter enviado um perito,um francês, país de cultura do vinho. Foi um alívio, mas na dúvida optou-se por centrar a candidatura na excelência da paisagem.

Mas mais regiões de paisagem em socalcos...
havia bens classificados de paisagens vinícolas, mas podíamos marcar a diferença. O primeira foi Cinque Terre, na Ligúria, em Itália, uma paisagem excecional em socalcos, mas temos algo imbatível que é a escala. O Douro tem mais de 40 mil hectares de vinha e uma viticultura de montanha desde a cota do rio até 600 metros de altitude. Ou seja, era de facto uma candidatura diferenciadora. Entretanto outras regiões vitícolas foram classificadas, como o Wachau, na Áustria, Saint Émillion, Champagne e Bourgogne, em França, que colocaram as vinhas no centro das candidaturas, mas no caso de Champagne no quarteirão vitícola da cidade de Eperney, também na excelência da construção à volta das grandes casas de champagne e Bourgogne à volta dos climas. O Douro impôs-se como um bem de paisagem vitícola, sem grandes monumentos, que não temos, na mancha classificada. No Douro, puxou-se pelas construções vernaculares, as casas das pessoas, as adegas.

A certificação foi uma mais-valia para a região, mas também trouxe constrangimentos...
Sempre bem aceites. Mesmo as casas e as marcas do sector do Vinho do Porto interiorizaram os constrangimentos como orientações para a armação do terreno. O que se propôs foram sistemas tecnicamente testados e vantajosos do ponto de vista da produtividade do trabalho, nomeadamente os taludes grandes. O redimensionamento dos patamares pode ter inconvenientes, como a menor densidade de plantação, mas tem vantagens na tarefarização do trabalho. Havia um racional económico. Caíu bem na região.

Os vinhos locais ganharam mais notoriedade?
Ganharam. Natália Fauvrelle, diretora do Museu do Douro, sustenta que a classificação foi uma forma de fazer justiça à região, já que o seu vinho levou para o mundo inteiro o nome da cidade do Porto e as pessoas não conheciam sequer a região.

Muitos turistas que visitam a cidade e as Caves de Vinho do Porto em Gaia pensam que o vinho é produzido ali ao lado.
essa confusão, a classificação permitiu fazer apelo ao papel da região e aos seus vinhos.

A qualidade dos vinhos tranquilos do Douro também terá ajudado a desfazer a confusão...
Sim, mas é preciso ver que a denominação dos vinhos tranquilos é recente, dos anos 80. Uma empresa francesa veio aqui fazer umas compras e os tradutores diziam vin de table, que para os franceses é um vinho sem denominação de origem, é a maior desclassificação possível de um vinho. O Instituto da Vinha e do Vinho e a Comissão Europeia retirou a designação vinho de mesa de vez. Digo sempre aos tradutores para usar a denominação de origem Douro. DOC (Denominação de Origem Controlada) Douro. Mas 20 anos ainda não foram suficientes para as pessoas sentirem que que um retorno económico efetivo.

O que falta?
A quebra demográfica enorme, confirmada pelo último Censos, é um revés.

O Douro perdeu 30 mil habitantes.
É impressionante não conseguir fixar população. Quer dizer que não empregos que permitam uma vida digna na região.

António Cunha, presidente da CCDR-N, dizia recentemente que o Douro está melhor mas precisa de estancar a perda de população. A solução é emprego qualificado?
As comemorações destes 20 anos obrigam-nos a pensar. Tenho participado em debates, como o deOs amigos de Ventozelo’, para discutir estas questões. Uma é a atratividade da região, que se faz com a oferta de emprego e melhores salários. A maior parte do trabalho do Douro é pago com o salário mínimo, trabalho manual duro e bastante sazonal. O que cria problemas. Ouço falar permanentemente da falta de mão de obra na vindima...

Feita com recurso a imigrantes.
O problema sempre existiu, em Bordéus o recurso a estudantes estrangeiros. Nós não temos essa prática, mas se calhar vamos ter nos nos aproximar dela. Mas para mim o relevante é que de facto o retorno económico que se podia pensar que o Douro Património Mundial traria ainda não existe.

O rendimento per capita subiu de 73% para 85%, pouco para travar a desertificação. António Cunha já referiu que é uma ameaça para a classificação. ..
É uma ameaça porque o maior sustentáculo desta paisagem é a atividade económica. Dados de 2021 apontam que o Vinho do Porto está a cair drasticamente. Felizmente nos últimos 10 anos estancou-se a perda de valor, mas o volume desceu, apesar de ter havido uma compensação a seguir aos confinamentos da pandemia.

Os restaurantes e bares estiveram fechados, não houve festas...
Daí a reposição de stocks agora. O que vale é o acréscimo de venda do DOC Douro.

A queda do Vinho do Porto deve-se a quê? Perdeu-se o hábito de celebrar com Vinho do Porto?
Claramente. Eu trabalhei durante muitos anos com o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, e quando fez os negócios com os chineses convenci-o a festejar sempre com Vinho do Porto. Os portugueses têm de o voltar a fazer. Vimos ainda recentemente na vida política festejar-se com champagne...

Duas garrafas, anunciou Rui Rio na vitória das diretas do PSD.
É uma pena, sendo um homem do Porto. A EDP sempre que cerimónias públicas é champagne, champagne, ao menos que fosse com espumantes dos nossos. Chegou a haver um movimento no Douro a questionar por que não se ficava com as categorias especiais, com designação 10, 20 anos, colheitas especiais, vintages, LBV. Era impossível, se se deixasse de vender em volume os agricultores ainda sofriam mais. O importante é fixar duas coisas: o retorno económico não é sentido ou não havia essa sangria da população na região, daí sugerir ao presidente da Liga dos Amigos do Alto Douro Vinhateiro que se olhe para outros patrimónios mundiais onde o equilíbrio e a sustentabilidade da atividade económica foi conseguida através de uma mais justa repartição da riqueza. O caso de Champagne é um deles. Justa repartição é melhor remuneração do trabalho dos produtores e do trabalho manual. Algumas empresas até fazem alguma diferenciação de salários, mas não é suficiente ou não havia fuga da população.

A crescente aposta no enoturismo do Douro é uma alternativa?
A vertente turística é uma alternativa, que não é de agora. Quando presidi ao IVP criei a Rota do Vinho do Porto antes do tempo, em 1993/ 94, que entretanto morreu. Congregava os produtores que tinham condições para acolher turistas. Era uma marca coletiva com certificação, mas entregue aos operadores.

Nos últimos anos o número de turistas duplicou na região, representando mais de meio milhão de dormidas em 2019.
Têm aparecido ofertas boas, não só de alojamentos, como de centros de interpretação, quintas com acolhimento de pequena escala e grande nível. O importante num enoturismo é viver o ambiente onde se produz o vinho, com visitas às vinhas, colheita e pisa da uva, iniciativas que têm um sucesso enorme. Faço uma leitura muito positiva do Douro Património Mundial, embora ainda lhe falte escala para permitir mais retorno e trabalho, sem ferir a paisagem.

O ICOMOS continua a fazer a monitorização da paisagem?
Sim. Houve apenas um incidente por causa da construção da Barragem do Tua, na fronteira. Foi um erro, devia-se ter avisado e ter discutido com a Unesco o impacto que tinha na paisagem. O susto de uma eventual desclassificação passou, ultrapassado airosamente.

Cabe aos proprietários comunicar a renovação das vinhas?
A vinha é uma cultura muito regulada. E como o programa Vitis (Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha) financiou quase toda a reestruturação no Douro, a Direção Regional de Agricultura tem de dar sempre aprovação, permitindo a triangulação com o produtor e o centro de monitorização.

No início do ano, a CCDR-N, a Direção Regional de Cultura do Norte e a QUERCUS deram parecer negativo ao Douro Marina Hotel, projeto de Mário Ferreira em Mesão Frio, por representar uma ameaça à classificação do Alto Douro Vinhateiro. O problema foi a escala?
Claramente. É preciso proteger a bacia visual do Douro de intrusões de escala e cromáticas. A CCDR-N está atenta à salvaguarda da região. Se uma empresa consegue trazer para o Douro maior capacidade de armazenamento, desde que o impacto na paisagem seja respeitado, acho que se pode autorizar. Há até casos de caves de armazenamento em que se enterram os empreendimentos. A Quinta de Nossa Senhora do Carmo tem uma cave enorme de armazenamento, mas está totalmente enterrada e a parte da frente parece um muro. Há soluções arquitetónicas que permitem crescimento orgânico sem ferir a paisagem. Em Alijó, a Gran Cruz fez uma adega e o maior centro de armazenamento de Vinho do Porto fora de Gaia, sem ferir a paisagem. É bom, dá emprego na região e não vejo isso como um obstáculo.

Em que fase está a candidatura à Unesco das Caves de Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia?
Não sei. Acho que faz sentido juntá-las, como aconteceu ao património classificado em Foz Côa, que se juntou com Siega Verde, do lado de lá da fronteira. É o prolongamento da arte rupestre paleolítica. No caso das caves, juntar a classificação pode ter um handicap por serem geograficamente longínquas. Mas o Porto fez bem ao juntar a Ponte D. Luiz I e a Serra do Pilar, em Gaia. Também foi uma evolução que segue a orientação da Unesco, que privilegia o alargamento ou consolidação dos patrimónios existente a novos.

Em 2018, o presidente da Comissão Nacional da UNESCO esteve em Foz Côa e advertiu que deve ser evitada a banalização de espaços e sítios classificados para que não se transformem numa espécie de lista telefónica. Concorda?
Totalmente. Há que demonstrar o verdadeiro caráter excecional e universal do bem a classificar, valorizando o que é distintivo.

Que mensagem quer deixar nesta efeméride?
Gostava que o impacto económico fosse mais sentido pelas populações e há uma coisa que valia a pena valorizar mais: a viticultura de montanha. Nos próximos 20 anos, devemos trabalhar mais essa mensagem para o exterior. Temos uma viticultura de encostas íngremes e difíceis e o termo montanha é mais consensual, além de ter outra vantagem: a UE tem programas de apoio à agricultura de montanha, quando a tendência é reduzir os apoios à viticultura e o programa Vitis está no fim.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IPaulo@expresso.impresa.pt

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