Enquanto não cai nenhum pedido na aplicação do motorista, o XBUS está parado no seu ponto-base, junto ao estacionamento do Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Assim que o sistema apita, surge no ecrã a indicação da paragem onde há um passageiro à espera. Para esse utilizador, bastou telefonar ou usar a aplicação no telemóvel para indicar em que sítio estava e para que destino queria ir, quase como se fosse um táxi ou um TVDE, restando-lhe esperar que o autocarro o apanhe na paragem mais próxima do local onde se encontra.
O XBUS é um serviço de transporte a pedido que a Carris está a testar em Lisboa há alguns meses e que se prolonga pelo menos até ao final deste ano, ainda que a empresa esteja a ponderar estender ainda para o início de 2022. Qualquer pessoa o pode usar, validando o seu passe à entrada do autocarro ou comprando o título de viagem ao motorista.
Na atual fase experimental, a Carris está a testar o funcionamento do sistema tecnológico que gere todos os pedidos dos passageiros, indicando em tempo real ao motorista qual o trajeto a fazer para apanhar e deixar os utilizadores, usando sempre o percur so mais rápido e com menos trânsito. Ao contrário dos autocarros tradicionais, este não tem um percurso fixo, adaptando-se aos pedidos que entrarem. E a grande diferença em relação a um táxi é que este serviço não deixa de ser um transporte público e partilhado com outros passageiros, portanto, está sempre dependente da procura que tem a cada momento.
Cerca de 30 passageiros usam agora o XBUS regularmente para as suas deslocações, em particular entre casa e o trabalho. “A maior parte dos clientes vem através da aplicação, e são sobretudo jovens”, indica ao Expresso o diretor de Inovação da Carris, João Vieira. Há 60 paragens onde o XBUS pode parar, apenas nas zonas das Avenidas Novas, Campolide e São Domingos de Benfica.
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