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Droga: a descriminalização, 20 anos depois

João tem 57 anos e os braços massacrados. É assistido por Martinho e por Andreia, representantes da Crescer
João tem 57 anos e os braços massacrados. É assistido por Martinho e por Andreia, representantes da Crescer

Portugal adotou esta estratégia pioneira em novembro de 2001. O que resultou dela?

Neste descampado na Picheleira, perto das Olaias, em Lisboa, a carrinha da Crescer, uma associação de intervenção comunitária, é dos poucos carros que param. Martinho Dias, monitor de 42 anos, e Andreia Pereira, assistente social de 29 anos, pegam nas mochilas e entram na vegetação. Seguem ao longo do trilho criado na terra por passos incontáveis e ladeado por lixo. “Boa tarde, equipa de rua”, gritam bem alto, à espera de uma resposta que os guie. João, um homem magro de 57 anos, está acocorado no chão com uma seringa entre os dentes. “Então, João, estás bem? Precisas de alguma coisa?”, pergunta Martinho. “Só preciso de uns kits, obrigado”, responde enquanto procura uma veia nos braços massacrados. “João, se tens dificuldade em injetar, havias de experimentar estas seringas mais grossas”, explica Martinho, enquanto abre a mochila e tira vários kits para dar ao homem.

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