A falta de recursos humanos no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa está a provocar atrasos em tratamentos. De acordo com o jornal “Público”, em 2021, quase duas centenas de trabalhadores saíram. Apesar das novas contratações, o saldo continua negativo.
O presidente do conselho de administração, João Oliveira, lembra que os problemas do IPO de Lisboa são comuns a todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Não nos foquemos só no IPO. Os hospitais estão com dificuldades por razões que são conhecidas. É necessária uma solução estratégica a nível nacional e o Governo tem nas mãos a forma de ultrapassar o problema. O Plano de Recuperação e Resiliência é muito claro na questão dos recursos humanos, fala num regime excecional de contratação. Precisamos de pessoas estáveis no SNS, satisfeitas, não permanentemente preocupadas com a sua subsistência”, diz o médico.
O ex-secretário de Estado da Saúde, o hematologista do IPO Fernando Leal da Costa, denunciou alguns dos problemas do IPO numa crónica publicada no Observador. “Há camas e postos de tratamentos que não funcionam porque não temos enfermeiros”, escreveu. “O que o Dr. Leal da Costa afirma é mais do que conhecido. Há atrasos que estamos a tentar resolver, mas, apesar das dificuldades, o IPO não claudicou. A grande maioria dos tratamentos é realizada a tempo, fazemos 250 tratamentos por dia”, esclarece o presidente.
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