Técnico investe 12 milhões e transforma antiga estação da Carris em centro de inovação
Primeira pedra é colocada esta segunda-feira. A inauguração está prevista para 2023
Primeira pedra é colocada esta segunda-feira. A inauguração está prevista para 2023
Jornalista
O direito de superfície sobre a antiga estação da Carris no Arco do Cego, em Lisboa, foi cedido pela Câmara Municipal ao Instituto Superior Técnico (IST) há cerca de 10 anos, mas só agora, depois de garantidos os 12 milhões de euros necessários ao investimento e acertado o projeto que melhor concretizaria o objetivo de servir alunos e professores do IST e a cidade, vai avançar.
A primeira pedra do Técnico Innovation Center, que funcionará na antiga gare do Arco do Cego, entre as instalações da escola na Alameda e o Saldanha, é colocada hoje, devendo as obras estar concluídas até julho de 2023. O enorme espaço, de quase 5 mil m2, funcionará, em primeiro lugar, como uma montra da investigação e inovação desenvolvidas nos vários departamentos e centros do IST e em colaboração com os parceiros empresariais, explica o presidente do Instituto, Rogério Colaço.
Haverá uma programação anual de eventos, feiras e mostras, assegurando uma exposição permanente e aberta a quem passa nas ruas envolventes.
“O centro também pretende ajudar a despertar vocações”, explica Rogério Colaço, sublinhando a importância de a universidade se abrir ao exterior, nomeadamente às empresas, mas também à sociedade em geral. “A Universidade não pode funcionar como um castelo que abre portas uma vez por ano aos alunos que entram, voltando a abrir xis anos depois, quando eles estão formados.
Além deste espaço para a exposição da ciência feita no Técnico, a antiga estação terá ainda salas de estudo abertas 24 horas por dia (que sairão das instalações na Alameda) e um espaço de alimentação, que ajudará a garantir a sustentabilidade financeira do projeto, erguido apenas com investimento privado, sublinha Rogério Colaço.
Os 12 milhões de euros foram conseguidos através da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa Vale do Tejo, de receitas próprias do Técnico e ainda de doações de parceiros, com destaque para a Fidelidade, que assume o papel de principal mecenas do projeto.
“O Técnico Innovation Center trará uma nova centralidade à cidade. A zona entre a Alameda Afonso Henriques e o Saldanha não tem qualquer infraestrutura de caráter científico e tecnológico desta natureza. ”Mesmo a nível do país é uma estrutura pioneira”, acredita Rogério Colaço.
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