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Entrevista a Tyler Brûlé: “Nos últimos anos Lisboa tornou-se mais refinada”

Entrevista a Tyler Brûlé: “Nos últimos anos Lisboa tornou-se mais refinada”

O fundador e diretor da “Monocle”, fiel defensor de jornais e revistas em papel, quer abrir em 2022 um escritório em Lisboa. A sua intenção é escrever mais sobre Portugal e África, mas também apostar na reedição de produtos portugueses e trabalhar com fabricantes nacionais

É talvez a décima vez que Tyler Brûlé vem a Lisboa, sempre em trabalho e nunca de férias. Nascido no Canadá, o jornalista, fundador e diretor da “Monocle”, de 52 anos, vive atualmente em Zurique. Trabalhou na BBC e escreveu para diferentes jornais, incluindo o “Guardian”, até ter sido alvejado, em 1994, em Cabul, numa reportagem para a revista alemã “Focus”, perdendo parcialmente o uso da mão esquerda. Fundou uma primeira revista, a “Wallpaper”, em 1996, que vendeu um ano mais tarde, e em 2006 lançou a “Monocle”, que continua a ser publicada em papel e está fora das redes sociais. Durante a curta passagem por Lisboa esta semana explicou o que distingue Portugal e o que ambiciona para o futuro da revista.

O que o traz agora a Lisboa?

Viemos fazer o primeiro lançamento de um novo livro (“The Monocle Book of Entrepreneurs”), mas também andamos a ver oportunidades para expandir a nossa presença jornalística. Já há muito tempo que falamos de Lisboa como local para ter uma secção para África ou como trampolim para a América Latina, sobretudo Brasil. A situação tem vindo a mudar ultimamente, e nem é por causa da pandemia, mas por causa do ‘Brexit’, devido à migração de talento. Isso força-nos a reconsiderar onde é que queremos estar baseados.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ralbuquerque@expresso.impresa.pt

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