Gravidezes não planeadas: “Ainda há desigualdade no acesso aos métodos contracetivos”

Há vinte anos que a associação Apoio à Vida ouve histórias de mulheres a quem a gravidez surpreendeu, por não ter sido planeada. “Luísa estava desempregada e tinha a renda do quarto em atraso. Perante uma gravidez inesperada, tinha agendado um aborto. O namorado convenceu-a a não ir mas, depois disso, tiveram uma grande discussão.” Chegou ao contacto com a associação depois de fazer uma pesquisa no Google e se ter decidido a ligar para a linha gratuita que oferecia ajuda e cujo número aparecia no site. Estava angustiada, insegura quanto à relação com o namorado e cheia de dúvidas sobre a gravidez. Rita Rego, da Apoio à Vida, recorda que, durante duas semanas, Luísa falou regularmente com uma pessoa da equipa técnica. Por fim decidiu ter o filho, que acabou por nascer durante a pandemia.