A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, considerou esta segunda-feira ser “uma honra muito grande” receber o prémio “Women for Peace and Security Award” (Prémio Mulheres para a Paz e Segurança), atribuído pela primeira vez pela Assembleia Parlamentar da NATO.
Em Lisboa para aceitar a distinção, Nancy Pelosi agradeceu o prémio, dizendo sentir-se “lisonjeada”, mas também “desafiada”, ao lembrar a importância da segurança no mundo.
Na sua intervenção na reunião plenária da 67.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, considerou também que “as mulheres são campeãs a lutar contra a corrupção”, o que equivale a “fortalecer a democracia”, e alertou para a situação atual das mulheres no Afeganistão.
“Não podemos nunca esquecê-las e quero saudar a NATO, porque foi fundamental para que uma geração inteira, durante 20 anos, de mulheres e meninas que receberam educação que nunca teriam recebido sem a presença da NATO e aliados no Afeganistão. Não podemos deixar isso escapar, temos que manter o nosso foco lá e manter os nossos corações perto delas”, frisou.
Regimes autocráticos que desafiam a democracia
“Não é só sobre as mulheres, é sobre o que significa para o Afeganistão. Não é só sobre o que significa para o Afeganistão, é o que significa sobre segurança no mundo”, concluiu.
A “NATO não é apenas uma aliança de segurança, é uma aliança de valores e há uma coesão construída à volta de valores”, afirmou Pelosi, advertindo para regimes autocráticos que desafiam a democracia “em tantos sítios, assim como a corrupção” que frequentemente acompanha esses regimes.
Um mundo de paz é suportado por três pilares: “segurança, economia e governação”, sublinhou, insistindo que o combate à corrupção é imprescindível para o fortalecimento da democracia.
Nancy Pelosi, que foi a primeira mulher a ser eleita presidente da Câmara dos Representantes na história dos Estados Unidos, falou da que seria a sua prioridade se governasse o mundo, “como às vezes se pergunta”. “Seria garantir o acesso à educação para as mulheres e raparigas. Faríamos a diferença no mundo”, defendeu.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MGanhao@expresso.impresa.pt