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Primeiro robô-cirurgião do SNS já operou mais de 350 pessoas

Luís Campos Pinheiro, diretor de cirurgia e do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa, frente ao Da Vinci Xi
Luís Campos Pinheiro, diretor de cirurgia e do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa, frente ao Da Vinci Xi

No bloco operatório do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, há um Dr Robô já em acção. Esta é a história de um novo capítulo da saúde em Portugal

Passa pouco das 9 horas e no bloco operatório do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e instrumentistas estão a postos para mais uma cirurgia. O paciente é um homem de 66 anos a quem foi diagnosticado um tumor na próstata de alto risco. Vai ser submetido a uma prostatectomia radical, para retirar a próstata, e uma linfadenectomia bilateral, para remover os gânglios para onde a doença metastiza primeiro.

Está deitado em posição horizontal sobre um colchão de areia, que irá assumir a forma do seu corpo e impedir que deslize para o chão quando a marquesa operatória for inclinada até a cabeça ficar bem abaixo do nível dos pés, na posição de Trendelenburg, assim chamada em homenagem a um cirurgião alemão do século XIX. Com a ajuda de um telemóvel, um interno de anestesia mede os 29° de inclinação. Parece pouco, mas pode fazer muita diferença: permite afastar o intestino delgado do local da cirurgia, a cavidade pélvica, mas pode trazer complicações pulmonares e cardiovasculares, razão pela qual os anestesistas não tiram os olhos do monitor.

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