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Novo terror: o terrorismo político de extrema-direita aumentou 250% nos últimos cinco anos

Novo terror: o terrorismo político de extrema-direita aumentou 250% nos últimos cinco anos

O terrorismo é um fenómeno em mudança, tão difícil de analisar como de combater. Mas o jiadismo não é a única ameaça: entre 2002 e 2019, o Ocidente contabilizou 332 ataques terroristas de extrema-direita, que resultaram em 286 mortes — e 49 desses ataques ocorreram em 2019

Um homem é detido por suspeitas de terrorismo: aconteceu recentemente em Portugal, e no ano passado ocorreu 449 vezes na União Europeia e 185 no Reino Unido. É o número de detenções mais baixo em três anos: em 2019, 1004 pessoas foram detidas por suspeitas de atividade terrorista nestes dois territórios, e no ano anterior tinham sido 1056, segundo dados do último relatório da Europol sobre terrorismo, publicado em junho. No caso da UE, as 449 detenções no ano passado contrastam com os 57 ataques terroristas concretizados, falhados ou impedidos em solo europeu: nos que foram bem sucedidos, 21 pessoas morreram e 54 ficaram feridas. A estes, a Europol junta 62 “incidentes terroristas” no Reino Unido e dois na Suíça.

Os números do terrorismo não são todos iguais, começa por dizer ao Expresso Luís Tomé, investigador nas áreas de geopolítica e estudos de segurança da Universidade Autónoma de Lisboa: “Há bastantes diferenças: grupos e atividades terroristas variam, e por isso os dados estatísticos não são coincidentes”, sublinha. O último Global Terrorism Index (GTI), publicado no ano passado, indica que 13.286 pessoas em todo o mundo morreram devido a atos terroristas em 2019, o último ano analisado: este número desceu 15,5% em relação a 2018 e está a descer consecutivamente desde 2015, depois de um recorde em 2014 — e, mesmo assim, o número de mortes “ainda é significativamente mais alto em comparação com há uma década”, sublinha o relatório.

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