Ativistas apelam a greve climática estudantil “permanente” a partir de segunda-feira

“Vamos à escola, mas ficaremos à porta. Podemos chumbar por faltas e assumimos esse risco. Se não formos nós, não será ninguém”, afirmam os ativistas climáticos
“Vamos à escola, mas ficaremos à porta. Podemos chumbar por faltas e assumimos esse risco. Se não formos nós, não será ninguém”, afirmam os ativistas climáticos
Jornalista
“Não podemos esperar mais. As instituições falharam. Está na hora de tomarmos a iniciativa climática nas nossas próprias mãos”, exorta a ativista Aurora Valdez, porta-voz da ação que apela aos alunos de ensino básico e secundário para se juntarem à Greve Climática Estudantil “permanente” às aulas, com início a partir desta segunda-feira, dia 20 de setembro.
“Vamos à escola, mas ficaremos à porta. Podemos chumbar por faltas e assumimos esse risco. Se não formos nós, não será ninguém”, afirma a ativista.
“A nossa casa está a arder. O Acordo de Paris foi assinado há seis anos e continua a não apresentar resultados visíveis, não por ter falhado, mas porque foi feito para falhar”, denuncia Aurora Valdez.
Citada em comunicado, a ativista lembra que “em setembro de 2019 mais de 40 mil pessoas em Portugal marcharam sob o grito ‘Não há planeta B’”, que se juntaram a mais de seis milhões de manifestantes em todo o mundo.
Os jovens prometem fazer greve às aulas até que 350 pessoas assinem o compromisso “VAMOS JUNTAS”, onde se lê: “Comprometo-me a sair às ruas este outono para uma ação disruptiva de desobediência civil se ao meu lado estiverem presentes mais 350 pessoas comprometidas à ação”.
A ação, de que falam os ativistas, consiste num bloqueio à refinaria de Sines.
“Uma transição justa é urgente e imprescindível. E uma transição justa, ao contrário do que o Governo pensa, não é, por exemplo, encerrar a refinaria de Matosinhos para concentrar a refinação em Sines”, aponta Aurora Valdez, alertando também para a gravidade de “encerrar postos de trabalho, em plena pandemia, sem qualquer plano de requalificação, desamparando milhares de famílias que dependiam daqueles rendimentos”.
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