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Escolas querem afastar fantasma do ensino remoto

Alunos preparam-se para voltar às salas de aulas, entre 12 e 14 de setembro
Alunos preparam-se para voltar às salas de aulas, entre 12 e 14 de setembro
Pedro Nunes

Dada a incerteza na evolução da pandemia, normas da DGS para o novo ano letivo não trazem grandes novidades, com a exceção do aligeirar das regras para o isolamento profilático. Prioridade é recuperar atrasos nas aprendizagens

Escolas querem afastar fantasma do ensino remoto

Nelson Marques

Jornalista

Uso de máscara obrigatório para qualquer pessoa com 10 ou mais anos de idade e para todos os alunos a partir do 2º ciclo e “fortemente recomendado” para os do 1º (nas crianças com menos de 5 anos a máscara não é recomendada); “cumprimento escrupuloso” das medidas de distanciamento físico, incluindo pelo menos um metro entre alunos e entre estes e docentes dentro das salas de aula, “sempre que possível”; e, à semelhança do que aconteceu quando as escolas reabriram em abril, realização de um rastreio nas primeiras semanas do ano letivo, para quebrar potenciais cadeias de transmissão, incluindo agora também os alunos do 3º ciclo além dos do ensino secundário. A atualização das regras de controlo de transmissão da covid-19 em contexto escolar, divulgada esta semana pela Direção-Geral da Saúde (DGS), não traz grandes surpresas face às normas em vigor até ao momento, mas há uma novidade para o novo ano letivo, que arranca entre 14 e 17 de setembro: as regras para o isolamento profilático de contactos de baixo risco vão ser mais flexíveis. Turmas inteiras já não serão obrigadas a ficar em casa sempre que for detetado um caso positivo, devendo os contactos considerados de baixo risco e “os contactos de contactos cujos testes sejam negativos” interromper o isolamento e regressar à escola.

Uma decisão saudada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof). “É importante que as aulas se mantenham o mais presenciais possível. No ano passado, não havia uma orientação, era tudo deixado às autoridades de saúde. Havia situações em que um caso numa turma dava lugar a que os alunos e os professores fossem para casa, bem como os alunos desses professores que estivessem noutras turmas. E depois tínhamos casos em que havia dois ou três alunos infetados e o que se aconselhava era apenas vigilância dos seus colegas de turma. Até os irmãos desses alunos que estavam noutras turmas continuavam a ir à escola”, revela ao Expresso Mário Nogueira, presidente da Fenprof.

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