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O problema de ser "nem-nem": há mais de 260 mil jovens portugueses que não estudam nem trabalham

O problema de ser "nem-nem": há mais de 260 mil jovens portugueses que não estudam nem trabalham

Os jovens portugueses foram dos que mais sofreram na transição para o mercado laboral durante a pandemia: enquanto esperam por políticas que tragam mudanças estruturais, os “nem-nem” carregam o peso do estigma

Alice soube que queria um futuro diferente no final do 10º ano: “Os meus amigos até iam inscrever-me no curso profissional de teatro sem eu saber, mas acabei por tomar a decisão primeiro. Fiquei contente quando soube desse plano, porque eles sabiam que eu não estava feliz no curso de ciências”, diz esta mulher natural do Porto, 24 anos, e que depois do curso profissional em teatro seguiu para Lisboa para fazer o Ensino Superior na mesma área.

Nunca trabalhou durante o percurso escolar: fê-lo depois, pressionada pela pandemia: “Já era difícil entrar no mundo das artes, e a covid complicou tudo ainda mais. Arranjei trabalho num centro comercial e trabalhei lá sete meses.” Depois, despediu-se: “Já não aguentava mais. Não era o que queria fazer. Estava esgotada e sem tempo. Neste momento tenciono encontrar alguma coisa em part-time, para ter tempo para avançar com os meus projetos.”

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: tsoares@expresso.impresa.pt / tiago.g.soares24@gmail.com

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