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Filipe Froes recebeu €385 mil das farmacêuticas desde 2013

Filipe Froes recebeu €385 mil das farmacêuticas desde 2013
SIC

Saúde. Montantes recebidos pelo pneumologista e comentador por serviços prestados a farmacêuticas, como a Pfizer ou a AstraZeneca, geram polémica

A controvérsia estalou nas redes sociais devido aos montantes que o pneumologista Filipe Froes — consultor da Direção-Geral da Saúde (DGS), coordenador do gabinete de crise da Ordem dos Médicos (OM) e membro do Conselho Nacional de Saúde Pública — recebeu desta indústria nos últimos oito anos. Froes tem comentado a pandemia de covid-19 nas televisões e nos jornais.

Quem o critica aponta o facto de o médico, investigador e coordenador da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pulido Valente receber quantias avultadas de empresas como a Pfizer, sendo também remunerado pela AstraZeneca (duas das fabricantes de vacinas para a covid-19), além de outras duas dezenas de farmacêuticas, desde 2013. Isto apesar de ser chamado para comentar nas televisões e nos jornais temas ou produtos desenvolvidos por essas mesmas empresas. Nos media, tem defendido as vacinas contra a covid-19, a vacinação de adolescentes, uma eventual terceira dose e também a intensificação da vacina para a gripe, sem revelar antes de cada intervenção as suas relações com a indústria. Nos últimos oito anos, Filipe Froes recebeu, segundo o que é público no site do Infarmed, €385.793, destacando-se as remunerações da Pfizer, no montante de €146.748. Só em 2020 e 2021, por exemplo, Froes recebeu da Pfizer €26.407 pela participação em reuniões médicas, palestras e congressos.

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