A pandemia afetou mais a saúde mental das mulheres, dos estudantes dos primeiros anos de faculdade e das áreas de Direito, Ciências Sociais e Serviços. As conclusões são do estudo "Reflexos da covid-19 na saúde mental de estudantes universitários". Segundo o “Diário de Notícias", a análise terá continuidade.
Metade dos alunos (50,6%) apresentavam sintomas de ansiedade moderados a severos e um quarto (25,9 %) tiveram sinais de depressão. “Ouvimos falar de medidas e apoios para os outros níveis de ensino, mas não para os estudantes universitários. Essas questões foram remetidas para a autonomia universitária, mas há alunos sem computador e acesso à internet no ensino superior", explica a coordenadora da investigação, Sónia Gonçalves.
Segundo a investigadora, o facto dos estudantes das áreas de Direito, Ciências Sociais e Serviços terem sido mais afetados, "poderá ter que ver com a forma como a universidade geriu a pandemia". Sónia Gonçalves diz que a investigação vai continuar e tem como um dos objetivos cruzar os resultados do questionário com as medidas criadas por cada instituição.
O estudo envolveu quatro investigadores (de universidades de Lisboa, Porto, Minho e Algarve) e tentou perceber os efeitos do confinamento nos alunos do ensino superior português. A equipa desenvolveu um inquérito online ao qual responderam 694 estudantes. A amostra é composta maioritariamente por mulheres, solteiros, e com uma média de 24 anos, dos primeiros anos de curso e do ensino público.
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