Clima. UE diz que ainda “não é demasiado tarde” mas é preciso agir “já”
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas "mostra a imensa urgência" de lidar com a crise climática, considera a Comissão Europeia
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas "mostra a imensa urgência" de lidar com a crise climática, considera a Comissão Europeia
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas "mostra a imensa urgência" de lidar com a crise climática, considera a Comissão Europeia, observando que ainda "não é demasiado tarde", mas é preciso atuar já e em conjunto.
"O relatório do clima do IPCC [sigla em inglês do painel de peritos das Nações Unidas sobre alterações climáticas] mostra a imensa urgência de agir agora para enfrentar a crise climática. Não é demasiado tarde para travar a maré e evitar uma mudança climática desenfreada, mas apenas se agirmos de forma decisiva agora e todos atuarem em conjunto", comentou esta segunda-feira o vice-presidente executivo responsável pelo Pacto Ecológico europeu, Frans Timmermans.
Numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter, Timmermans aponta ainda que a União Europeia (UE) propôs uma série de medidas, abrangendo diversas áreas da economia, com vista a garantir a neutralidade carbónica da União -- o pacote legislativo «FitFor55» -, mas adverte que "esta é uma crise global", que exige, por isso, uma resposta global.
"Manter [como limite de aumento] 1,5 graus ao nosso alcance requer emissões líquidas zero em todo o mundo e uma implementação mais rápida das políticas para lá chegar. O COP26 deve ser o momento em que o mundo diz «basta!»", conclui o vice-presidente executivo da Comissão, referindo-se à conferência do clima (COP26), prevista para novembro próximo em Glasgow.
Num relatório hoje divulgado, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas adverte que a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases com efeito de estufa.
Considerando cinco cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance, o IPCC aponta que manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 graus mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 graus em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100.
Este aumento, que acarretaria também mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris, tratado no âmbito das Nações, que fixa a redução de emissão de gases estufa a partir de 2020, impondo como limite de subida os 1,5 graus centígrados.
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