Sociedade

Itália obriga professores e alunos de universidades a terem certificado covid para irem às aulas sob pena de despedir ou congelar salários

As manifestações em Itália contra o passe sanitário têm obrigado à intervenção da polícia
As manifestações em Itália contra o passe sanitário têm obrigado à intervenção da polícia
GIUSEPPE LAMI

Polémico passe sanitário entrou esta sexta-feira em vigor. A 1 de setembro, quem não o tiver tem "falta injustificada" nas universidades. Após o quinto dia sem ir à escola o pessoal fica com a relação de trabalho suspensa e sem qualquer remuneração

Entraram em vigor novas regras em Itália associadas ao polémico certificado covid, que tem gerado uma série de manifestações de protesto por todo o país, e que se tornou esta sexta-feira obrigatório para frequentar restaurantes, bares ou ginásios.

A medida mais radical aprovada em Itália esta quinta-feira à noite irá vigorar a partir de 1 de setembro, com o novo ano letivo - com o passe verde, atestando vacina ou teste feito à covid, a passar a ser obrigatório nas universidades, para professores ou estudantes poderem aceder às aulas.

Para poder entrar na universidade, professores e alunos terão de comprovar que estão vacinados, curados de covid ou com teste negativo, e a falta de apresentação do certificado é considerada uma infração grave e uma "falta injustificada".

"A partir do quinto dia a relação de trabalho é suspensa, e não há lugar a vencimento ou nenhuma outra remuneração", especifica o Governo italiano. A fiscalização do processo é confiada aos diretores escolares.

A 1 de setembro, o certificado covid também passa a ser obrigatório para os cidadãos em deslocações de avião, comboio ou navio, segundo as novas regras aprovadas.

Governo esclarece que hotéis não têm de exigir certificado nos seus restaurantes, mas só para servir hóspedes

O governo italiano assume o objetivo de introduzir o passe sanitário "por etapas". O certificado de vacina já se tornou esta sexta-feira, 6 de agosto, obrigatório para os italianos frequentarem restaurantes e bares em espaços interiores, além de ginásios, piscinas, concertos ou outros eventos.

Mas permanece aberta a discussão entre o Governo italiano e os sindicatos em relação a impor o certificado de vacina a trabalhadores de empresas públicas pu privadas, não estando esta hipótese descartada para vir a vigorar no outono, segundo avança o Corriere della Sera.

As multas também são pesadas, e cidadãos que não tenham o certificado covid em Itália sujeitam-se a coimas até 400 euros.

No caso dos comerciantes, após duas infrações cometidas em dias diferentes, à terceira vez o espaço pode ser fechado pelas autoridades, por um período de um a dez dias.

Permanecia a dúvida sobre como poderiam funcionar os hotéis com as novas regras em Itália, o que levou o Governo a publicar uma FAQ (perguntas frequentes), esclarecendo que nos hotéis podem fornecer serviços de restauração que se destine exclusivamente aos clientes, mesmo em serviço à mesa numa sala interior, sem as pessoas terem de apresentar certificado covid.

Mas no caso de piscinas, ginásios ou spas que funcionem em hotéis, a apresentação do passe verde é obrigatória.

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