Uma investigação vem reforçar o que já antes de sabia: o contexto pandémico teve impacto na qualidade do sono dos portugueses, na saúde mental e no ganho de peso.
Se antes da pandemia apenas 7% dos 940 inquiridos pela Deco Proteste referiram dormir mal na maioria ou em todas as noites, este número mais do que duplicou (15%) durante o primeiro confinamento e voltou a subir (para 17%) no final do segundo confinamento.
Nesse lapso temporal, a margem dos portugueses que dizem dormir bem, sem sobressaltos, encolheu de 71% para 55%.
O inquérito sobre a qualidade do sono dos portugueses, realizado em junho deste ano, sugere que, desde maio de 2021, as mulheres têm dormido pior do que os homens. 61% dos homens inquiridos diz dormir bem em todas ou na maioria das noites, por comparação com apenas 49% das mulheres.
Mas, apesar disso, "é interessante salientar, que a pandemia não parece ter aumentado o consumo de medicamentos para o sono", revela também a Deco Proteste, em comunicado.
Por outro lado, mais de 60% das mulheres salientaram o impacto deste contexto na sua saúde mental, o que contrasta com a perceção de 60% dos homens que negam qualquer relação negativa entre a pandemia e o seu bem-estar.
Acentuou-se uma alimentação desregrada - espelho, por vezes, do desequilíbrio emocional - e coincidem nesta investigação os inquiridos que admitiram ter aumentado de peso (61% das mulheres e 55% dos homens) e os que dizem ter sentido influência do contexto pandémico na saúde mental.
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