
Psicólogos e educadores defendem a retirada da máscara nas creches, numa altura em que já são visíveis atrasos no desenvolvimento cognitivo das crianças, em especial na linguagem
Psicólogos e educadores defendem a retirada da máscara nas creches, numa altura em que já são visíveis atrasos no desenvolvimento cognitivo das crianças, em especial na linguagem
Jornalista
Trocam os bês pelos dês. Têm dificuldades nos lês. E “não vale a pena estar com uma máscara a forçar LLLLLL”, garante a educadora Daniela Bernardo. Eles não entendem como se movimenta a boca para dizer tal letrinha. No infantário Flor de Abril, as crianças do pré-escolar voltaram do confinamento com um atraso na vocalização de algumas palavras ou sílabas. Dez das 25 crianças da sala já foram indicadas para terapia da fala. Em anos anteriores, “três era o máximo”. A garantia é dada por Paula Machado, educadora da pequena turma, que não tem dúvidas de que a máscara dificulta esta transmissão de conhecimentos. “Mas não é só a máscara. A própria família e o facto de as crianças terem estado dois meses em casa” também impuseram um travão ao desenvolvimento da linguagem, explica. Pelo facto de os pais conhecerem as crianças, estão tão habituados às suas palavras “tortas” que não as corrigem. Por isso, em 2021, este tipo de terapia de preparação habitualmente usada para alunos da primária está também indicada para crianças mais novas.
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