Sociedade

Acabou o interrogatório de 45 minutos a Berardo. Medidas de coação só são conhecidas esta sexta-feira

Acabou o interrogatório de 45 minutos a Berardo. Medidas de coação só são conhecidas esta sexta-feira
D.R.

Já o advogado de Joe Berardo, André Luiz Gomes, foi interrogado durante sete horas

Acabou o interrogatório de 45 minutos a Berardo. Medidas de coação só são conhecidas esta sexta-feira

Hugo Franco

Jornalista

As medidas de coação a Joe Berardo só são conhecidas esta sexta-feira. O interrogatório do juiz Carlos Alexandre ao empresário madeirense terminou pelas 19h15 desta quinta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). Durou 45 minutos.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) informa a solicitação do juiz titular que "o interrogatório [a Joe Berardo] iniciou-se às 18h30 e terminou às 19h15", tendo sido "designado o dia de amanhã [sexta-feira] pelas 9h00 para a continuação da diligência com a definição do estatuto coativo dos arguidos", refere uma nota do CSM.

Já o advogado de Joe Berardo, André Luiz Gomes, também detido terça-feira na mesma operação da PJ, AT e DCIAP, foi interrogado esta quinta-feira no TCIC durante sete horas.

Em causa estão crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos e burla qualificada que terão sido alegadamente cometidos por um total de 12 arguidos, entre os quais seis empresas. Jorge Sabino Rodrigues Berardo, irmão de Joe Berardo, é um desses doze arguidos do caso que investiga o universo dos negócios do empresário madeirense. É suspeito de ter colaborado com o irmão a esconder o património de modo a não ser alvo da execução dos três bancos: Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco (o antigo BES).

Joe Berardo e André Luiz Gomes passaram duas noites no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, devendo agora passar uma terceira noite daquela cadeia. Nos últimos dias, os advogados de ambos, Paulo Saragoça da Matta e João da Costa Andrade, puderam ler-lhes os autos nas instalações do TCIC.

A investigação ao caso, iniciada em 2016, deu origem a buscas esta terça-feira em meia centena de locais, incluindo casas e bancos em Lisboa, no Funchal e em Sesimbra e envolvendo mais de 130 inspetores da PJ, três dezenas de inspetores tributários, nove procuradores e sete juízes de instrução.

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