É mais um dos efeitos colaterais desta pandemia, que afeta diretamente a imensa maioria dos doentes: os não-covid. “De forma objetiva, são estes doentes que ficam a perder”, diz José Luís Pinheiro, que tem 72 anos e é voluntário no sector da Saúde há mais de dez. O coordenador de voluntários da Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso, que conhece como a palma das mãos a realidade dos hospitais, não tem a menor dúvida que a pandemia deixou no voluntariado uma ferida muito difícil de sarar. “Há muitos doentes pura e simplesmente abandonados à sua sorte nos hospitais, sem atenção, sem carinho, sem aquele elo fundamental de humanidade que faz toda a diferença para quem está em situação de doença grave, muitas vezes só, ou com a família distante. E a culpa não é dos profissionais de saúde — médicos, enfermeiros, assistentes operacionais —, que não têm mãos a medir.”
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