Em causa estão crimes de ódio contra minorias que ocorreram entre 2013 e 2017. Carlos Alexandre volta a julgar grupos de extrema-direita
O debate instrutório do megaprocesso contra o grupo neonazi Hammerskins está marcado para 18 de junho no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa e quem vai decidir se os arguidos vão a julgamento será o juiz Carlos Alexandre, notícia "O Novo". O grupo de 27 elementos é acusado de crimes de ódio contra negros, mulçumanos, homossexuais e comunistas.
No grupo de 27 elementos, três deles - Bruno Monteiro, Nuno Cerejeira e Hélder Gomes - já tinham sido condenados pela morte de Alcindo Monteiro em 1995. As agressões dos Hammerskins foram feitas entre 2013 e 2017 e culminaram numa megaoperação da Polícia Judiciária que resultou na detenção de 20 elementos do grupo.
O grupo está acusado, pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), por “crimes de discriminação racial, religiosa ou sexual, ofensa à integridade física qualificada, incitamento à violência, homicídio qualificado tentado, dano com violência, detenção de arma proibida, roubo, tráfico de estupefacientes e tráfico de armas”. Os crimes terão feito, pelo menos, 18 vítimas.
Carlos Alexandre, que tem estado envolvido em vários casos mediáticos, nomeadamente a Operação Marquês, já tinha estado envolvido em outro processo ligado a crimes cometidos pela extrema-direita, em que levou a julgamento todos os membros dos Hells Angels, que tinham sido acusados de atacar um grupo rival ligado a Mário Machado, fundador dos Hammerskins.
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