“Não nos resta mais nada, por isso vim para aqui”: em greve de fome há 19 dias, Luís só quer voltar a cultivar amoras na sua quinta

Luís Dias, de 48 anos, está todos os dias no jardim em frente ao Palácio de Belém. Costuma estar por ali das 8h às 19h, arrancando depois para uma penosa caminhada de uma hora até ao carro, onde está a pernoitar. Já teve de chamar o INEM quando o frio lhe levou a sensibilidade nas pernas. As recusas de apoio do Estado para a sua quinta de amoras, em Idanha-a-Nova, e a burocracia deram início a um caso kafkiano com muitas vidas e dimensões lá dentro. A história começou em 2014 e a greve de fome vai prolongar-se “até conseguir”