"Mais ferrovias, menos aviões, transição justa, justiça climática" foram as palavras de ordem que se fizeram ouvir em Lisboa, na tarde de sábado, no protesto organizado pelo movimento Climáximo que contou com cerca de 200 pessoas e bloqueou a Rotunda do Relógio, em Lisboa, junto ao aeroporto
Jornalista
Cerca de meia centena de manifestantes cortaram esta tarde o trânsito na Rotunda do Relógio, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, em protesto contra a poluição provocada pelos aviões.
Os manifestantes começaram pelas 16:30 o protesto na zona das chegadas do aeroporto, sempre vigiados pela Polícia de Segurança Pública (PSP), e rumaram depois a pé até à Praça do Aeroporto, conhecida como Rotunda do Relógio, onde acabaram por cortar o trânsito.
A PSP retirou à força outros manifestantes que estavam a tentar cortar o trânsito noutras vias de acesso à rotunda do relógio. Alguns organizadores adiantam que a PSP deteve cerca de 26 pessoas, incluindo um menor.
"Mais ferrovias, menos aviões, transição justa, justiça climática" são as palavras de ordem escolhidas pelos organizadores. Os manifestantes seguiram entretanto para a 34ª Esquadra da PSP, nos Olivais, em Lisboa, onde tencionam permanecer em vigília, em solidariedade com os ativistas detidos.
"Ao mesmo tempo que a ciência e critérios de justiça social nos dizem que Portugal precisa de cortar as suas emissões de gases com efeito de estufa em 74% até 2030, o Governo mostra a sua hipocrisia ao prometer reduzir emissões aumentando-as, através da aviação", afirmou Beatriz Rodrigues, porta-voz da ação, num comunicado em que anunciava o protesto.
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