Saúde mental: 37% dos jovens portugueses pedem mais acompanhamento
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O estudo “A saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio” revela igualmente que 66% dos inquiridos com doença mental diagnosticada sentem discriminação da sociedade
A crise sanitária provocada pela pandemia deixou a nu os problemas de saúde mental. O estudo “A saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio” aponta que 66% dos inquiridos com doença mental diagnosticada garantem “sentir discriminação da sociedade” e 75% admitem oferecer resistência a procurar ajuda.
O panorama é alarmante entre a população mais nova, com 37% dos participantes nesta investigação com idades entre os 18 e os 24 anos a pedirem mais acompanhamento no âmbito da saúde mental, percentagem que fica nos 31% dos entrevistados entre os 25 e os 34 anos.
Além disso, o relatório constata que 11% sem diagnóstico prévio de doença física ou mental sentem não ter controlo sobre o seu estado de saúde por questões do foro psicológico. Entre estes, 55% atribuem esse sentimento ao contexto pandémico.
O estudo — coordenado pela empresa de consultoria “Return On Ideas” e com acompanhamento de Maria do Céu Machado, presidente do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos — sugere que a dimensão real do problema da saúde mental “possa ser superior à atenção que lhe é prestada”.
De acordo com o relatório, os mais velhos são quem melhor avalia a sua saúde mental, ainda que a idade não dissolva este tipo de problemas. “A excelente pontuação que as pessoas de 65 ou mais anos dão à sua saúde mental, estará (provavelmente) afetada pelo estigma ou por uma visão redutora da saúde mental como demência ou loucura”, concluem os investigadores.
Numa análise por género, as mulheres reconhecem mais do que os homens a sensação de descontrolo do seu estado de saúde, 35,7% contra 26,6%, respetivamente. Como causa desse descontrolo, 63,9% das inquiridas indicam motivos do foro psicológico, acima dos 56,6% verificados entre os indivíduos do sexo masculino.
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