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Task force faz apelo às pessoas com 80 ou mais anos que estão por vacinar

Task force faz apelo às pessoas com 80 ou mais anos que estão por vacinar
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Sete por cento da população com esta idade ainda não iniciou o processo de vacinação

Task force faz apelo às pessoas com 80 ou mais anos que estão por vacinar

Helena Bento

Jornalista

A vacinação de pessoas com 80 ou mais anos, com pelo menos uma dose, já se encontra quase concluída, adianta ao Expresso o grupo de trabalho responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19, coordenado pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, mas surgiu a necessidade de haver articulação com bombeiros, juntas de freguesia e forças de segurança para se chegar às poucas pessoas com mais de 80 anos que ainda não concluíram o processo.

Em resposta a questões do Expresso sobre o facto de a percentagem de pessoas daquela faixa etária vacinadas com a primeira dose da vacina manter-se inalterável desde praticamente meados de abril — era de 90% no dia 13 de abril e de 93% nos dias 27 de abril e 4 de maio, quando na faixa etária dos 65 aos 79 anos passou de 42%, também a 13 de abril, para 71%, no mesmo dia de maio, de acordo com os relatório de vacinação divulgados semanalmente pela Direção-Geral da Saúde) —, a task force explica que a população com 80 ou mais anos por vacinar trata-se de “pessoas anteriormente infetadas ou de pessoas mais isoladas e cujos contactos não estavam atualizados e, por isso, necessariamente, é mais difícil e moroso chegar até elas”.

Para esses casos, acrescenta, “estão a ser articulados contactos através de bombeiros, juntas de freguesia, e forças de segurança”. E faz um apelo: estas pessoas com mais de 80 anos que ainda não tenham sido vacinadas devem “dirigir-se a uma junta de freguesia, posto dos bombeiros, da GNR ou da PSP de forma a darem os seus contactos e, desta forma, serem convocadas para o processo de vacinação”. “Tendo em conta que se trata de um número muito reduzido de pessoas, é normal que a percentagem não sofra alterações significativas”, refere ainda o grupo de trabalho.

Diferença entre doses recebidas e distribuídas nunca foi tão grande

Ao olhar para os boletins de vacinação divulgados pela Direção-Geral da Saúde, percebe-se também que a diferença entre doses recebidas e doses vacinadas nunca foi tão grande como a que se verifica atualmente. Até ao dia 4 de maio, chegaram ao país 4.218.420 doses da vacina contra a covid-19, das quais 3.581.288 tinham sido distribuídas (a diferença é de cerca de 637 mil vacinas).

Questionada sobre isso, a task-force explica que “ao chegarem a Portugal as vacinas são armazenadas, distribuídas para os vários postos de vacinação, preparadas e finalmente inoculadas, sendo um processo onde é inevitável a demora de alguns dias desde a sua chegada à sua completa administração”. “Tendo em conta que existe um aumento muito significativo de doses de vacina a chegar a Portugal é normal, mesmo com o inerente aumento do ritmo de vacinação, que a diferença entre doses recebidas e inoculadas aumente”.

No total foram já inoculadas 3,5 milhões de doses e 2,6 milhões de portugueses já têm pelo menos uma dose da vacina (25%). Cerca de 915 mil pessoas já receberam a vacinação completa, o que corresponde a 9% da população.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hrbento@expresso.impresa.pt

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