Sociedade

Maioria das vítimas de exploração laboral são homens que trabalham na agricultura, no Alentejo

Maioria das vítimas de exploração laboral são homens que trabalham na agricultura, no Alentejo
Tiago Miranda

Alentejo regista 303 vítimas de tráfico para exploração laboral, a grande maioria no Baixo Alentejo

Nos últimos 11 anos, as entidades oficiais confirmaram 547 vítimas de tráfico de seres humanos para a exploração laboral em Portugal. A maioria foi explorada no sector da agricultura. O Alentejo é a região do país com maior número de vítimas. Os dados, divulgados pelo jornal "Público", pertencem a um relatório do Observatório de Tráfico de Seres Humanos (OTSH).

Os dados mostram que a exploração laboral é a causa mais comum para tráfico de seres humanos, representando 70% do total das vítimas entre 2008 e 2019. As vítimas são tipicamente homens (80%) e mais de metade (51%) dos casos remetem para o Alentejo. A Área Metropolitana de Lisboa é a segunda região com mais casos de exploração laboral (19%), o Norte concentra 14% e o Centro 10%. Foram confirmadas 27 nacionalidades, de África (14 países), Ásia (seis países), Europa (cinco países) e América (dois países).

Os dados sobre o Alentejo demonstram que o tráfico para exploração laboral foi sobretudo para a agricultura. Das 303 vítimas registadas nesta região, 82,5% situaram-se no Baixo Alentejo, com destaque para o distrito de Beja, ao qual pertencem os municípios de Odemira e Ferreira do Alentejo. Houve ainda 36 vítimas a serem exploradas “em mais de uma herdade agrícola em diferentes municípios”.

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