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O álcool, o tabaco e o vírus entram num bar... Os vícios em tempos confinados

O álcool, o tabaco e o vírus entram num bar... Os vícios em tempos confinados

Uma boa parte da população portuguesa aproveitou a pandemia para reduzir o fumo e a bebida, mas para muitos a garrafa foi o antídoto perfeito contra o confinamento — e isso será preocupante no futuro

Lino Sousa está quase a deixar de ser fumador. “Dantes fumava cerca de 15 cigarros por dia, agora só fumo entre três e cinco. Reduzi muito porque o objetivo é deixar de vez”, conta este homem de 43 anos que fuma desde os 17 e por isso já sente o peso do fumo no corpo. “Já estive três anos sem fumar e o olfato e o paladar ficam mais apurados, a respiração é mais suave, não tens tanta fadiga. É uma diferença muito grande”, diz, acrescentando outro fator importante para continuar saudável no futuro: “O meu trabalho é ao ar livre, subir e descer árvores, sempre com atividade física.”

A decisão de deixar o vício encontrou o parceiro ideal no vírus pandémico: “Já estava nos meus planos reduzir, mas em parte foi também por causa da covid-19. Como é uma doença respiratória, tive medo.” A primeira tentativa para deixar de fumar durante a pandemia foi há quatro meses, mas a abstinência só durou 15 dias. Desta vez, porém, Lino está confiante: “Penso que dentro de dois meses vou mesmo deixar de fumar.”

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