
Trânsito aumenta “substancialmente” em várias cidades do país. Pagamentos em cabeleireiros sobem 47% nos dois primeiros dias de desconfinamento
Trânsito aumenta “substancialmente” em várias cidades do país. Pagamentos em cabeleireiros sobem 47% nos dois primeiros dias de desconfinamento
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A ver pelo aumento da mobilidade desde segunda-feira, em resultado da abertura das creches, pré-escolar e 1º ciclo, dos cabeleireiros e da venda ao postigo, a circulação da população no final destas duas primeiras semanas de desconfinamento deverá ficar 15% abaixo da normalidade. A conclusão é de um estudo da consultora PSE, especializada na análise de dados, que estima o impacto das etapas de desconfinamento no aumento da mobilidade, com base no número de pessoas em circulação e na intensidade das suas deslocações diárias. Nesta fase de abertura, concluem, a mobilidade equivale a 85% do que existia antes da pandemia.
“O período da Páscoa é ainda uma incógnita, mas estimamos que no degrau seguinte do plano de desconfinamento a mobilidade volte para níveis quase iguais à normalidade”, refere Nuno Santos, especialista em dados na PSE. E se olharmos apenas para o nível de confinamento dos portugueses, e não para a mobilidade, a consultora indica que 40% da população ainda está em casa, estimando que, depois da Páscoa, caso o país avance por inteiro para a segunda fase de abertura, menos de um terço dos portugueses fique confinado. Sublinhando que no período pré-pandemia 25% da população, maioritariamente idosos, já saía muito pouco de casa, Nuno Santos lembra que agora se conta também com as pessoas que podem ficar em teletrabalho, além das que perderam o emprego ou ainda não puderam regressar ao trabalho.
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