Passado quase um ano, Gabriel Pinto ainda está impressionado: "Eu e o meu colega tentámos levantá-lo do chão e ele começou 'glou-glou'". O inspetor-chefe do SEF está vestido com uma espécie de farda ainda com as marcas dos crachás e estica-se na cadeira das testemunhas para tentar descrever os últimos minutos de vida de Ihor Homeniuk: " Era como se... Estava a ter um.. Não era normal, nunca tinha visto nada assim".
O testemunho ocorreu esta quarta-feira no Campus da Justiça, em Lisboa, em mais uma sessão do julgamento dos inspetores do SEF que alegadamente terão provocado a morte do cidadão ucraniano, no aeroporto de Lisboa. Depois de pedir ajuda médica, o inspetor-chefe desabafou para o colega e para os vigilantes: "O homem parece que está a morrer".
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RGustavo@expresso.impresa.pt