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Disney+ alcança em 14 meses os objetivos para 4 anos

Disney+ alcança em 14 meses os objetivos para 4 anos
D.R.

A Disney+ soma subscritores e segue a altíssima velocidade na corrida da popularidade disputada entre as plataformas de streaming globais. Fechou as contas do ano passado com praticamente 95 milhões de subscritores, quando as suas previsões eram de chegar aos 90 milhões de assinantes apenas no final de 2024

Somente em dezembro passado, a plataforma angariou 8,1 milhões de novos membros. Dir-se-á que este inesperado boost de adesões, particularmente verificado no último mês do ano passado, se fica a dever à pandemia. Não fossem as medidas de segurança impostas e as salas de cinema estariam abertas e a funcionar. Ora não estavam (e não estão).

A Disney entendeu, por isso, estrear Soul, a mais recente longa-metragem de animação produzida pela Pixar e inicialmente alinhada para estrear nas salas no verão passado, através da sua plataforma de streaming, exatamente no dia de Natal. A ajudar na alavancagem deste crescimento, a Disney+ estreou também uma nova temporada da sua iconográfica série The Mandalorian, desenvolvida a partir do universo criativo da Guerra das Estrelas.

De notar que neste total anunciado de quase 95 milhões de subscritores, a Índia tem um peso relativo próximo de um terço sobre o total. A Disney+ e a Hotstar, a sua subsidiária indiana, possuíam 26 milhões de assinantes no final de 2020. É, aliás, especialmente propulsionada pelas audiências indianas que emerge a projeção de que a Disney+ virá a liderar a guerra do streaming, destronando a líder, Netflix, dentro de cinco a seis anos. O mais recente reporte da Digital TV Research estima que em 2026, a Disney+ chegará ao total global de 294 milhões de subscritores, face a 286 milhões do lado da Netflix. A estimativa prevê que, na Índia, a Disney+ consiga alcançar 98 milhões versus 13 milhões para a Netflix, por essa altura.

2020 é igualmente um ano histórico para a Netflix. A número um do streaming planetário ultrapassou os 200 milhões de subscritores - concluiu o ano com um total de 203,6 milhões. Agregou 37 milhões de novos membros num ano, batendo o seu próprio recorde. Consequência do primeiro confinamento do ano passado e da corrida às fontes de entretenimento em casa, a Netflix foi subscrita por 15,8 milhões de novos membros no primeiro trimestre.

As estimativas para o período homólogo este ano fixam-se abaixo de metade: 6 milhões. Uma projeção que sinaliza a crença de que nada será como 2020 na contabilidade da companhia. Uma eventual saturação dos mercados mais maduros e onde a Netflix opera há mais anos associada ao reforço e expansão da concorrência – Disney+, Amazon Prime, HBO Max (impulsionada pelas estreias de grandes filmes produzidos pela Warner Bros.), associada à rápida popularização da Peacock (NBCUniversal), ameaçam a pujança demonstrada pela Netflix.

Se juntarmos à equação o retorno faseado e gradual à liberdade de movimentos, cabe à Netflix pedalar na produção e na oferta, conforme escreveu Red Hastings, o CEO da companhia, na carta aos acionistas, aquando da apresentação de resultados do ano passado: “A nossa estratégia é simples: se conseguirmos continuar a melhorar a Netflix todos os dias para agradar aos nossos membros, continuaremos a conseguir ser a sua primeira escolha de entretenimento por streaming.”

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