Abandono escolar atinge mínimo histórico em Portugal
Taxa está agora nos 8,9% de jovens entre os 18 e os 24 anos que deixaram de estudar sem concluir o ensino secundário, bem abaixo da meta europeia fixada para 2020
Taxa está agora nos 8,9% de jovens entre os 18 e os 24 anos que deixaram de estudar sem concluir o ensino secundário, bem abaixo da meta europeia fixada para 2020
Nunca os valores do abandono escolar precoce tinham sido tão baixos em Portugal. No ano passado, o país conseguiu cumprir a meta europeia de ter, até 2020, menos de 10% da população entre os 18 e os 24 anos fora do sistema de ensino sem ter concluído o secundário e, pela primeira, vez poderá ficar abaixo da média da União Europeia, revelou o Ministério da Educação esta quarta-feira. De acordo com os últimos dados, o abandono escolar situou-se em 2020 nos 8,9% em Portugal e em 8,4% contando apenas com a população do continente.
"Os resultados mostram uma evolução constante, firme e extraordinariamente notável do país, naquele que é considerado pela Comissão Europeia como um dos principais indicadores da performance dos sistemas educativos", congratula-se o Ministério da Educação.
Em nota enviada às redações, a tutela realça igualmente o facto de a redução acontecer num período de aumento das oportunidades de emprego nos últimos anos, o que poderia ser um estímulo ao não prosseguimento de estudos. Por outro lado, acrescenta, a situação de pandemia vivida desde o ano passado também poderia ter resultado num afastamento da escola, até pelo tempo que as instituições de ensino estiveram encerradas.
Há vinte anos, Portugal apresentava dos piores desempenhos neste indicador, com perto de 50% de abandono escolar, e estava nos últimos lugares da tabela. Entretanto, o abandono escolar à escala europeia tem vindo a estagnar (muitos países apresentam já valores na casa dos 10%). Ou seja, se "ambas as tendências se mantiverem, o país terá, este ano, pela primeira vez, um valor de abandono escolar precoce mais baixo do que a média da União Europeia", nota a tutela, agradecendo às "comunidades educativas por mais este sucesso", para o qual têm contribuído os vários programas de apoios aos alunos com mais dificuldades sociais, económicas e educativas.
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