
Presidente do Supremo mandou destruir escutas em que o primeiro-ministro foi apanhado acidentalmente. Mas o Ministério Público recorreu. Há uma escuta ainda em apreciação. Alvo era o ministro do Ambiente
Presidente do Supremo mandou destruir escutas em que o primeiro-ministro foi apanhado acidentalmente. Mas o Ministério Público recorreu. Há uma escuta ainda em apreciação. Alvo era o ministro do Ambiente
Jornalista
Editor de Economia
O primeiro-ministro, António Costa, foi apanhado em escutas telefónicas com o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que era o alvo do Ministério Público (MP). Em causa está o caso do hidrogénio verde, tendo sido também alvo de escutas o secretário de Estado-adjunto e da Energia, João Galamba, e o ministro da Economia, Siza Vieira.
De acordo com uma fonte judicial, duas escutas em que era interveniente António Costa foram apreciadas pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Piçarra, que as mandou destruir por considerar que não tinham matéria ou indício criminal relevante. No entanto, o MP recorreu desta decisão e agora será um juiz-conselheiro a decidir se são destruídas ou se se juntam ao processo em que estarão a ser investigados vários membros do Governo, apesar de nenhum deles ter sido constituído arguido. Ainda assim, tanto o procurador que investiga o caso como o procurador que representa o MP no Supremo consideraram que as escutas em que Costa é interveniente têm relevância.
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