Exclusivo

Sociedade

“Vigilância a jornalistas devia ter tido autorização de juiz de instrução”, diz bastonário dos advogados

Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos Advogados
Luís Menezes Leitão, bastonário da Ordem dos Advogados
nuno botelho

Luís Menezes Leitão diz-se preocupado com o facto de o Ministério Público ter mandado a PSP vigiar dois jornalistas. A revista "Sábado" vai participar criminalmente contra a procuradora Andrea Marques

“Vigilância a jornalistas devia ter tido autorização de juiz de instrução”, diz bastonário dos advogados

Hugo Franco

Jornalista

O bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, critica a decisão do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa de não ter pedido a autorização de um juiz de instrução para fazer a vigilância a dois jornalistas que terão recebido informação em segredo de justiça de um coordenador da Polícia Judiciária. Carlos Lima, da "Sábado", e Henrique Machado, então no "Correio da Manhã", foram alvo de "seguimento na via pública com a extração de fotografias também elas na via pública", entre abril e junho de 2018.

"Esta vigilância devia ser alvo de controlo por parte de um juiz de instrução, uma vez que ele é o juiz das liberdades no âmbito do processo penal", afirma Luís Menezes Leitão. O bastonário diz-se "preocupado" com este processo, uma vez que está em causa a liberdade de imprensa. "Tem de haver cuidado com os direitos dos jornalistas em informar e com o seu relacionamento com as fontes."

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: HFranco@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate