A vacinação em lares de Portugal vai começar esta segunda-feira, 4 de janeiro. A iniciativa acontecerá em duas instituições da economia social de Mação, em Santarém, num universo de 112 pessoas. O Governo quer marcar presença: estarão presentes quatro governantes.
“Serão vacinados os utentes e funcionários de duas instituições: a Casa de Idosos de São José das Matas (51 pessoas) e a Santa Casa da Misericórdia de Cardigos (61 pessoas)”, indica uma nota de agenda do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, enviada às redações este domingo, 3 de janeiro.
O arranque da vacinação os lares de idosos era já esperado para esta segunda-feira, como noticiado pelo Expresso, começando pelas 15h00, nas freguesias de Envendos e Cardigos, em Mação.
A ministra Ana Mendes Godinho vai estar presente, ao lado da secretária de Estado da Ação Social, Rita Mendes, do secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, e ainda o secretário de Estado que coordena a região de Lisboa e Vale do Tejo na resposta à pandemia, Duarte Cordeiro. A vacina para a covid-19 é facultativa, gratuita e universal.
Este é o pontapé de saída da vacinação de 250 mil funcionários e utentes de lares e unidades de cuidados continuados em Portugal continental (também na Madeira, a vacinação em lares inicia-se esta segunda-feira). A operação vai começar em cerca de 150 lares localizados nos 26 concelhos do país com risco de contágio extremamente elevado — mais de 960 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias —, a maioria no Norte e Alentejo.
Seguem-se depois os lares dos concelhos com risco muito elevado, elevado e moderado, até que tenham sido abrangidas todas as estruturas para idosos, o que deverá acontecer até ao início de março. De fora ficam, para já, as que tiverem surtos ativos — eram 153 no início da semana.
O levantamento do número exato de utentes e funcionários de lares foi feito pelas próprias estruturas. Por iniciativa própria, quer as instituições de solidariedade social quer as misericórdias pediram aos idosos que assinassem uma declaração a consentir — ou não — a toma da vacina. Nos casos de demência ou outros em que não há capacidade para uma autorização informada, foi pedido consentimento aos tutores legais.
Além dos profissionais de saúde, utentes e funcionários dos lares e unidades de cuidados continuados, também as pessoas acima dos 50 anos com doenças de risco, como insuficiências respiratória, cardíaca ou renal, estão entre as 950 mil abrangidas na primeira fase de vacinação.
A Ordem dos Médicos já veio colocar em cima da mesa a hipótese de rever as prioridades, para que o fator idade seja tido em conta.
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