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Mindfulness. O céu é azul e a mente mente

Mindfulness. O céu é azul e a mente mente

É uma prática que floresceu em Portugal em tempos de pandemia. Como um vírus, propagou-se desordenadamente, com o trigo e o joio a cavalgar online. A Ordem dos Psiquiatras Portugueses quer regulamentar a atividade. Mais que nunca, por uma questão de saúde mental

Tal como a saúde do corpo foi o grande foco do século XX, a saúde mental é o do século XXI. Com a Humanidade sitiada por uma pandemia e uma crise já para lá de anunciada, cresceu como nunca o ‘mercado’ da mente. Nas asas negras da pandemia floresceu uma prática que não é propriamente de hoje, mas que em Portugal exponenciou nos últimos tempos: o mindfulness. O seu espectro cresceu tanto que a Ordem dos Psicólogos Portugueses começa a dar passos para regular devidamente a prática. O mindfulness (em português: atenção-plena) é uma ferramenta de grande importância no bem-estar e na saúde mental, mas, por entre um mercado desregulado e o infinito universo online, coabitam o trigo e o joio. Há quem esteja a lucrar com a mente dos outros. E quem ocupe a sua mente no desenvolvimento de uma disciplina que, lentamente (ou não), se entrelaça na psiquiatria clínica.

“O pensamento é fake news. A ilusão que somos livres de pensar” — afirma José Pinto Gouveia, psiquiatra, especialista em terapia cognitivo-comportamental, professor catedrático jubilado da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e, sinal dos tempos, presidente da Associação Portuguesa para o Mindfulness (APM), igualmente com sede em Coimbra. O conceito de mindfulness deriva da antiga meditação budista, mas os cientistas da mente fazem questão em separá-lo de religiões e misticismos. A filosofia mindfulness consiste na mais simples e na mais complexa das tarefas pós-modernas: “Viver plenamente cada momento presente de forma consciente e sem autojulgamento”, acrescenta.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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