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Sociedade

Ljubomir Stanisic assinou termo de responsabilidade para sair do hospital e regressar à greve de fome: “Voltei mais forte. Sou como o bambu”

Ljubomir Stanisic sentiu-se mal depois de seis dias de greve de fome em frente ao Parlamento: teve de ser assistido pelo INEM e acabou transportado para o hospital. Faz parte de um grupo de grevistas do sector da restauração e similares que protestam contra as medidas do Governo no âmbito da pandemia. Todos os grevistas presentes no local estiveram sob observação médica

Ljubomir Stanisic assinou termo de responsabilidade para sair do hospital e regressar à greve de fome: “Voltei mais forte. Sou como o bambu”

Mafalda Ganhão

Jornalista

A greve de fome é para prosseguir e Ljubomir Stanisic já está de novo junto dos restantes empresários que participam no protesto. Depois de se ter sentido mal e de ter sido assistido pelo INEM junto à Assembleia da República, o conhecido chefe acabou por ser levado para o hospital, mas ao Expresso disse ter regressado “ainda mais forte”.

“Foi uma grande queda de glicemia, excesso de cansaço e falta de alimentos”, explicou ao Expresso. “O fígado estava a começar a ficar afetado e ainda me vão ligar mais logo do hospital, mas depois de uma injeção” para reposição dos valores que tinha em baixo “já me sinto melhor”. O chefe diz ter assinado um termo de responsabilidade e apressou-se a regressar para o pé da Assembleia da República.

À sua espera tinha os restantes empresários. “Estavam superpreocupados, mas já todos me conhecem e sabem que sou como o bambu: torço mas não quebro”.

Minutos antes, José Gouveia, um dos grevistas e membro do Movimento “A Pão e Água”, já o esperava. “Ainda não estive com ele mas tive indicação de que já estava a caminho”, confirmava então ao Expresso.

O próprio José Gouveia tem os níveis de glicemia (açúcar no sangue) muito baixos: esteve sob observação médica, tal como os restantes companheiros, mas todos mantêm a intenção de prosseguir com a greve “até ao fim”.

“A nível emocional, a presença da pessoas, as mensagens que nos chegam e o apoio que vamos recebendo nas redes sociais têm sido essenciais”, justifica José Gouveia.

“Vamos reunirmo-nos daqui a pouco para decidir como vamos fazer daqui para a frente”, disse ainda José Gouveia, recordando que o objetivo é serem ouvidos pelo Governo: “Não adianta um ‘remake’ de um encontro com dois secretários de Estado, como nos foi proposto. Isso já aconteceu e terminou sem qualquer desenvolvimento. É importante a presença do ministro da Economia”.

Seis dias após o início do protesto, José Gouveia deseja sobretudo poder voltar para junto do filho. “Tem 12 anos e tenho procurado preservá-lo disto tudo. Tenho mantido o contacto, passado as ideias que julgo essenciais para que entenda. Mas a minha vontade é sair daqui para o abraçar.”

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MGanhao@expresso.impresa.pt

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