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Matosinhos cria 'take away' municipal para apoiar restauração. "Sem custos para o consumidor", salienta Luísa Salgueiro

Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, em março de 2020
Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, em março de 2020

Capital da grelha do norte vai ter um um serviço de entrega de refeições ao domicílio para ajudar a restauração, o maior cartão de visita do concelho. Luísa Salgueiro diz que o modelo será apresentado nos próximos dias, antes do primeiro fim de semana de recolher obrigatório a partir das 13 horas

Matosinhos cria 'take away' municipal para apoiar restauração. "Sem custos para o consumidor", salienta Luísa Salgueiro

Isabel Paulo

Jornalista

Luísa Salgueiro enviou, esta segunda-feira, uma missiva ao primeiro-ministro a lembrar que são precisos apoios específicos e “céleres de apoio à restauração”, o sector mais “castigado” do novo estado de emergência. Luísa Salgueiro afirma que está, não só de acordo com o recolher obrigatório durante a semana e com o fecho dos restaurantes e similares a partir das 22h30 em vigor, mas também “conformada” com o impacto que confinamento depois das 13 horas terá nos restaurantes.

“Conformo-me na esperança que a medida seja suficiente para ajudar a achatar a curva epidemiológica, mesmo que isso signifique penalizar um das atividades de maior referência no concelho, conhecido sobretudo pelo seu peixe e marisco”, salienta a autarca socialista, que recorda que o recolher obrigatório foi uma das medidas que reivindicou há duas semanas e que o fecho antecipado dos ligados à restauração foi aplicado no município, ainda antes de o Governo ter decretado a restrição do sector nos 121 concelhos onde o surto é mais severo.

Para evitar impactos irreversíveis da atividade em Matosinhos, Luísa Salgueiro avança ao Expresso que o seu executivo em articulação com o sector da restauração começaram já hoje a preparar um modelo municipal de apoio de “entregas ao domicílio” de almoços e jantares nos próximos dois fins de semana.

“O modelo de serviço de entrega ainda não está fechado, mas é certo que será sem custos de deslocação para os restaurantes ou para os consumidores”, antecipa a autarca, que diz que a finalidade é manter tanto quanto possível a atividade em funcionamento aos fins de semana e evitar que sejam operadores, como a Uber ou outros, a fazer a ponte - “a cobrar” - com os consumidores.

“Queremos respaldar o sector antes que seja tarde demais”, garante Luísa Salgueiro que em relação às restantes restrições sustenta serem “uma inevitabilidade” para conter a evolução da pandemia. Em concreto no município, refere que só mais para o final da semana, ou seja, 15 dias após o estado de semi-confinamento local é que terá dados para aferir o efeito do mesmo, até porque o número de casos desagregados por concelho não são conhecidos há quase duas semanas.

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