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“Minhas queridas, a feira mudou-se para o Facebook”

Rute Gabarras e a filha Maiara montaram a banca na sala de estar e fazem vendas em direto três vezes por semana. Na última tiveram 3,4 mil visualizações
Rute Gabarras e a filha Maiara montaram a banca na sala de estar e fazem vendas em direto três vezes por semana. Na última tiveram 3,4 mil visualizações
RUI DUARTE SILVA
Feirantes reproduzem nas redes sociais as vendas que antes faziam na rua, em emissões live com milhares de visualizações que estão a salvar o negócio

A pandemia forçou os feirantes a reinventarem o negócio, e uma das alternativas tem passado pela rea­lização de vendas em direto nas redes sociais, que estão a gerar milhares de visualizações. A banca transferiu-se para a sala de estar, onde são colocados os expositores de roupa. Durante a emissões live no Facebook, que se prolongam por várias horas, as vendedoras chamam “minhas queridas” às clien­tes virtuais que vão surgindo, conversam e entretêm, respondem aos apelos e apontam as referências vendidas, que depois são enviadas pelo correio.

As feiras são uma das atividades comerciais que tem sido mais afetada pela pandemia. No passado sábado, o Governo anunciou a proibição de feiras e mercados de levante nos 121 concelhos considerados de risco máximo, mas, perante os protestos, acabou por recuar e entregar a decisão aos municípios. Nos últimos dias, várias autarquias comunicaram a intenção de permitir a realização de feiras, fazendo estes comerciantes respirar de alívio. Ainda assim, mantêm-se muito preocupados e temem os efeitos de um segundo confinamento.

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