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Doyen: Em tribunal, Nélio Lucas só falou em lucros e zero prejuízos. As contas mostram um ‘buraco’ de €31 milhões em Malta

Nélio Lucas administrou a Doyen até 2017.
Nélio Lucas administrou a Doyen até 2017.

Nélio Lucas, ex-sócio e gestor da Doyen, declarou em tribunal, no julgamento de Rui Pinto, que com os negócios que fazia com os clubes a Doyen nunca perdia dinheiro. Mas as contas da empresa em Malta mostram um balanço negativo, após anos de financiamento da família Arif

Sete de julho de 2015. É esta a data de um dos últimos contratos polémicos da Doyen. Em causa estava um acordo entre a empresa de Malta, então liderada pelo português Nélio Lucas, e o clube belga RFC Seraing, da segunda divisão. Nesse contrato a Doyen adquiria 25% dos direitos económicos de um jovem futebolista português por €50 mil. E garantia a opção de revender esses direitos ao clube dois anos depois por €65 mil. Só que desde maio desse ano estavam proibidos pela FIFA negócios deste género, também conhecidos como TPO (“third party ownership”).

Terá sido uma das menos interessantes transações da Doyen, mas ficou registada no processo judicial movido pelo RFC Seraing contra a FIFA para contestar uma multa de que foi alvo. Num recente manual sobre TPO, publicado em setembro, a FIFA identifica o contrato de julho de 2015 entre a Doyen e o Seraing com sinal vermelho.

“Não há dúvida de que além de ter acordado a transferência dos direitos económicos do jogador, a Doyen também adquiriu a capacidade de influenciar o futuro do jogador, nomeadamente o seu clube futuro, com uma influência direta na relação laboral do jogador com o clube. Ao assinar o acordo, o clube criou uma situação em que relação com o jogador está desequilibrada, já que o futuro do jogador fica dependente das decisões da Doyen e não apenas do seu desempenho desportivo”, considerou o Comité de Disciplina da FIFA.

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