AstraZeneca e Universidade de Oxford retomam ensaios da vacina
O projeto britânico é o mais promissor contra a Covid-19
O projeto britânico é o mais promissor contra a Covid-19
O grupo farmacêutico britânico AstraZeneca retomou os testes no Reino Unido da vacina contra o novo coronavírus SARS-Cov-2, responsável pela Covid-19 e pela pandemia que atinge 196 países e territórios.
Em comunicado, a AstraZeneca revela que teve a luz verde das autoridades sanitárias britânicas - Medicines Health Regulatory Authority (MHRA)
"Os ensaios clínicos da vacina contra o novo coronavírus da AstraZeneca e de [Universidade] Oxford retomaram no Reino Unidos deoius de a autoridade que regula os medicamentos ter confirmado que é segura".
A empresa concluiu dizendo que nada mais podia adiantar sobre o assunto.
Os ensaios da fase III foram suspensos durante três dias, depois de ter surgido uma "doença inexplicável", provavelmente um "efeito secundário grave" num voluntário.
A suspensão dos testes clínicos da vacina que está a ser desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford foi motivada por uma inflamação na coluna de um dos voluntários, revelou hoje o diretor executivo da empresa britânica.
Em declarações à agência Reuters, Pascal Soriot afirmou ainda que até ao fim do ano será possível saber se a vacina em desenvolvimento é de facto eficaz contra a Covid-19 desde que os ensaios clínicos retomem brevemente.
A AstraZeneca suspendeu a última fase de testes no início desta semana depois de um dos voluntários ter sofrido um efeito adverso. O doente sofre de "sintomas associados a uma rara inflamação na medula espinal".
Soriot disse que este diagnóstico vai ser avaliado por um comité independente para apurar se a inflamação é de facto um efeito secundário da vacina.
Segundo o responsável, é muito comum a suspensão de testes durante o desenvolvimento de vacinas.
"É muito comum, na verdade, e muitos especialistas também o dirão (...) Páram, estudam, recomeçam", explicou.
O presidente da AstraZeneca disse que ainda não é claro se foi a vacina a provocar um problema de saúde num voluntário.
Laboratórios por todo o mundo estão numa corrida contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Há dezenas de equipas a testar várias candidatas a vacina, algumas estão mais avançadas e são promissoras, mas os cientistas avisam que nenhuma deverá estar pronta antes do fim deste ano ou mesmo no próximo ano.
Segundo o London School of Hygiene & Tropical Medicine, (que tem um gráfico que mostra o progresso das experiências) há 239 projetos e 8 estão na fase de ensaios clínicos - que consiste na inoculação da vacina em milhares de voluntários a fim de determinar se impede de facto a infeção.
Apesar de suspenso o ensaio clínico, o projeto entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca é um dos mais promissores, a que se juntam os da Pfizer e da BioNTech, da Moderna e de vários projetos chineses, nomeadamente da CanSinoBIO que já obteve autorização para administrar a vacina em militares chineses.
A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 916.372 pessoas e 28.534.330 foram infetadas em 196 países e territórios desde o início da epidemia de covid-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
Pelo menos 19.016.500 casos já foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
Nas últimas 24 horas foram registadas 6.012 novas mortes e 316.377 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são os Estados Unidos (1.289), Índia (1.201) e Brasil (874).
A América Latina e o Caribe tiveram um total de 307.425 mortes para 8.155.411 casos, a Europa 220.762 mortes (4.433.231 casos), os Estados Unidos e Canadá 202.222 mortes (6.581.156 casos), a Ásia 113.177 mortes (6.339.527 casos), o Médio Oriente 39.576 mortes (1.653.351 casos), África 32.353 mortes (1.341.140 casos) e Oceânia 857 mortes (30.515 casos).
A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou este sábado a existência de 1.860 mortes e 63.310 casos de Covid-19 em Portugal desde o início da pandemia.
O número de mortes subiu de 1.855 para 1.860, mais 5 do que na sexta-feira - quatro mortes na região de Lisboa e Vale do Tejo e outra na região do Norte.
O número de infetados aumentou de 62.813 para 63.310, mais 497.
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